Por: Claudia Ciuffo
Um dos meus pontos altos cobrindo o Tribeca Film Festival, em NY, foi ter a chance de prestigiar a estreia mundial do novo filme de Jamie Dornan, “Untogether”. Infelizmente, o ator não estava presente, mas a diretora Emma Forrest e todo o resto do elenco, que inclui a lenda do entretenimento Billy Crystal, estavam lá para apresentar o filme ao mundo pela primeira vez.
Em “Untogether”, Andrea é uma escritora viciada em heroína, que está sóbria por alguns meses, cuja carreira parou desde que ela publicou seu romance de estreia há vários anos. Ela começa a ter um tórrido caso amoroso com Nick (Jamie Dornan), um médico que virou um famoso escritor, graças a sua autobiografia, e é aclamado por suas memórias de guerra. Ao mesmo tempo, sua irmã Tara (Lola Kirke), massoterapeuta namora uma ex-estrela do rock (Ben Mendelsohn) bem mais velho que ela, e se sente atraída por um zelo religioso recém-descoberto e, particularmente, por um rabino politicamente engajado (Billy Crystal).
A história se passa em Los Angeles e marca a estreia da roteirista e diretora Emma Forrest. É um drama romântico verdadeiramente moderno, e aponta pessoas de diferentes nacionalidades vivendo em Hollywood, o lugar para onde as pessoas do mundo inteiro vêm a fim de tentarem se dar bem na carreira artística, seja como ator, escritor ou produtor de TV ou cinema. O filme mostra bem a realidade do entretenimento, e as coisas que as pessoas são capazes de fazer para se darem bem na indústria. Ao mesmo tempo, mostra o lado humano, frágil e sensível de cada um dos personagens.
Eu mudei do Brasil para a Cidade dos Anjos, trabalho com entretenimento e me identifiquei com vários momentos da narrativa que é romântica e super sensual, mas ao mesmo tempo extremamente realista.
Nick, o personagem de Jamie Dornan tem lá suas semelhanças com o Sr. Grey, não porque ele é um príncipe encantado que vive na sua “torre de marfim”, como seu personagem na trilogia “Cinquenta Tons”, mas porque é um cara gato e interessante que você pode de fato conhece em qualquer bar ou café de LA. Nick além de ser belo, sedutor e bem-sucedido, tem alma livre, não quer compromisso com ninguém, apenas curtir a sua casa no topo da montanha, gastando sua pequena fortuna e guardando a sete chaves o seu segredo.
Dornan está muito bem no papel, assim como Jemima Kirke, que interpreta Andrea, a mulher que vai mexer com a estrutura emocional de seu personagem Nick.
Todos os atores usaram seu próprio sotaque, Dornan, o irlandês, Jemima, o britânico, pois segundo a diretora um ator mostra mais a sua essência quando fala o seu próprio idioma, no seu próprio sotaque, além disso, era uma questão importante para o roteiro e para mostrar a diversidade de LA no filme.
O que eu mais admiro em Jamie Dornan como ator é que, assim como Dakota Johnson, ele interpreta muito bem personagens completamente diferentes. Quem nãi se lembra de Paul Spector em “The Fall”, pra mim uma das melhores séries já produzidas no mundo pela Netflix, ou dele atuando como um agente da checo em “Anthropoid”?
Em cada projeto, Jamie Dornan mostra mais seu potencial, e em “Untogether” ele não só deu um show como ele me fez lembrar de todos os “Nicks” que eu conheci em Los Angeles na minha trajetória na cidade. Para mim, foi realmente épico estar na estreia de “Untogether”, em NY, e ter a chance de matar as saudades que já sinto de Jamie na telona, sem dúvidas, vale a pena ver o filme e, se você é fã de Jamie, colocá-lo na sua coleção, como uma versão mais próxima da realidade do personagem que o tornou tão popular.
Adoro tudo que Jamie Forman faz