Por: Matheus Fabbris
A Warner Bros. Brasil convidou o HEA para uma cabine de imprensa do filme “Um Senhor Estagiário“, que, propriamente dito no título, é uma grande revelação deste mês nas telonas.
Drama e comédia são os principais ingredientes do longa estrelado por ninguém menos que o inigualável Robert De Niro (“Taxi Driver”, “Touro Indomável”) e a musa Anne Hathaway (“O Diabo Veste Prada, “Os Miseráveis) com o apoio de um time pesado no elenco que harmonizaram a premissa do filme com atuações dignas.
Ben Withaker (De Niro) já é um senhor com seus belos e vividos 70 anos, viúvo e com tempo de sobra para vivenciar novas experiências no trabalho. Em busca de um novo emprego, se depara com uma oportunidade que pode mudar sua rotina: um programa de estágios para idosos numa empresa de vendas online. O e-commerce é chefiado por Jules Ostin (Hathaway), que sempre está na correria e que, ao lado de sua equipe, tenta conciliar seu tempo de trabalho com a vida pessoal, mesmo não conseguindo na maioria das vezes. Jules não dá atenção ao novo estagiário, que ganhou o cargo importante de ser seu assistente o dia todo, mas quando se vê perdida, Ben será a chave de seus problemas.
Jules é poderosa, imponente e forte. Gosta de fazer tudo sozinha, é jovem e já comanda um grande projeto com grande sabedoria, mesmo com toda a correria e falta de tempo para vivenciar momentos felizes com sua família. Sim, apesar do linguajar da moça ser apenas trabalho, trabalho e trabalho, a vida pessoal existe e se torna cada vez mais difícil sua relação com seu marido, que largou tudo para cuidar da filha espertinha que eles criam “juntos”.
Já Ben, é um homem forte, confiante e dedicado. Mesmo sem a pegada do novo desafio, continua com o pé firme no chão ao lado de jovens e lidando com novas tecnologias. Segue sempre com otimismo e aberto para tudo.
A ideia de tratar a vida de um senhor na terceira idade nos mostra que o longa carrega uma concepção ampla, que não há nada de errado em envelhecer, ainda podemos continuar nosso caminho.
1 – Relação e química entre os protagonistas: cada postura e visão diferente, mas após os acontecimentos, é lindo ver como as coisas mudam e podemos ser surpreendidos por quem menos esperamos. Saindo da ficção, Robert e Anne foram a maior surpresa em questão de trabalho em dupla e química neste ano. Fazem tudo com tanta segurança que no resultado final vemos algo natural e bom.
2 – Atuação incrível dos atores: todos os integrantes que formam o elenco estão de parabéns pela ótima interpretação de cada papel. Temos vários destaques, como o engraçadíssimo Adam DeVine (“A Escolha Perfeita”), o autêntico Nat Wolff (“Cidades de Papel”) que está com tudo atualmente, as lindas Rene Russo (“Thor”), Christina Scherer (série “Grey’s Anatomy”) e o galã Anders Holm (“Unexpected”).
3 – Mesclagem de gêneros: a junção de gêneros foi muito importante para o desenvolvimento do filme, foi de uma cena que não deixou ninguém sem soltar uma risada na sala para um plot twist dramático muito bom. Aliás, todos nós gostamos de uma boa comédia, né? Mas um draminha sempre é bom para engajar sua atenção na tela e deixar a história mais interessante.
4 – Trata assuntos sérios de uma forma leve: o tema abordado é sério, mas é mostrado de uma forma leve, basicamente um eufemismo. O homem e a mulher no mercado de trabalho é um dos pontos, percebemos não há diferença entre quem é melhor que o outro, pois não existe isso. Os dois passam a se ajudar e aprendem muito, é recíproco. Mas o foco é “Por que idosos não podem trabalhar?”, após dissertar a frase, há uma quebra de tabus e preconceitos mostrando que todos nós somos capazes, independente das velinhas que colocaremos em nosso bolo de aniversário.
Já dizia Simone de Beauvoir: “Viver é envelhecer, nada mais.“
5 – Roteiro de grande nível e produção técnica: o roteiro é inteligente, bom e surpreendente. A diretora Nancy Meyers (“Do Que As Mulheres Gostam”) fez algo dinâmico que me conquistou. No começo pensamos que é um filme da Sessão da Tarde, mas ao decorrer da história, nossa atenção já é 100% tomada. O roteiro de cinema, normalmente, deve intrigar o telespectador nos 10 primeiros minutos, em “Um Senhor Estagiário”, não precisou nem isso. O enquadramento e movimentos da câmera deixaram a parte audiovisual mais leve, nos deixando confortável na poltrona.
O filme proporciona MUITAS risadas e cenas divertidas, mas que também, pode arrancar algumas lágrimas.
Se você procura por diversão com a família e amigos, Um Senhor Estagiário estreia hoje (24) nos cinemas brasileiros e vale seu ingresso.
Assisti hoje com meus filhos por sua recomendação e é ótimo ! Adorei de paixão…