A lenda Geena Davis apresentou a sessão especial do filme “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” que tive a honra de participar em Los Angeles.
Foi a primeira vez que vi Geena, de quem sou fã desde os tempos de “Thelma e Louise”, nos mais de 13 anos e uma infinidade de eventos que cubro em Hollywood. Só aí o meu coração já bateu mais forte.
Mas, mal sabia eu que a emoção só estava começando. Geena elogiou o filme, “não é um dos melhores do ano, mas da década” e chamou à frente uma de suas estrelas, a atriz Jamie Lee Curtis que interpreta Deirdre.
“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é o favorito na corrida do Oscar em diversas categorias, incluindo melhor filme. É um desses raros projetos que agrada os cinéfilos mais exigentes, os críticos e o público que nem curte muito cinema. Quase uma unanimidade. Acho que em sua apresentação, Jamie resumiu bem a razão do filme estar sendo tão bem recebido pelo mundo afora:
“Primeiro eu quero agradecer vocês por terem vindo, eu soube que muitos de vocês esperaram para assistir esse filme no cinema. Ele foi feito para o cinema. (O filme está disponível em plataformas de streaming). Era pra ter sido lançado há tempos, mas atrasamos por conta da pandemia. Aliás, nos rodamos no início de 2020 e terminamos exatamente no dia que foi anunciado o lockdown. Então pra gente é uma alegria ver todos vocês aqui. Esse filme fala das relações familiares, de amor, nos tempos em que estamos vivendo nunca foi tão importante abordar esses assuntos, ainda mais da forma criativa e genial que os diretores fizeram”. Ela respira fundo e com lágrimas nos olhos, continua “eu estive em muitos filmes em meus mais de 30 anos de carreira, mas eu fico muito feliz que vou ser lembrada por esse trabalho, que é, acima de tudo, sobre bondade”.
“Em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” acompanhamos uma sobrecarregada imigrante chinesa, Evelyn Wang (Michelle Yeoh), que com sua lavanderia à beira do fracasso e seu casamento com o marido covarde em ruínas, ela luta para lidar com tudo, incluindo um relacionamento ruim com seu pai crítico e sua filha (Stephanie Hsu). E, como se não bastasse enfrentar a crise pessoal, Evelyn precisa se preparar para uma reunião desagradável com uma burocrata: Deirdre (Jamie Lee Curtis), a auditora da Receita Federal. No entanto, à medida que a agente severa perde a paciência, uma inexplicável fenda no multiverso se abre, e se torna uma possibilidade para a exploração reveladora de realidades paralelas. Evelyn parte rumo a uma aventura onde, sozinha, precisará salvar o mundo e impedir que uma entidade maligna destrua as finas e incontáveis camadas do mundo invisível. Explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido, as coisas se complicam ainda mais, quando ela fica presa nessa infinidade de possibilidades sem conseguir retornar para casa. Fonte: Adoro Cinema
Eu me emocionei muito com “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, as realidades paralelas, as cenas de ação, só corroboram o que Jamie comentou, o filme é sobre as dores e delícias daquela família. Sobre perdão, evolução, preconceito, bondade e amor, muito amor.
Os atores estão excelentes, têm uma química quase palpável. Isso faz com que a mensagem nos toque ainda mais profundamente. A direção é impecável. Acreditamos e acompanhamos as aventuras como se fôssemos nós mesmos lidando com as nossas próprias famílias.
Chorei, gargalhei, torci por eles. Senti saudades da minha mãe, que partiu ano passado e vontade de falar com meu pai. Pensei nos meus avós e até no meu imposto de renda, ou seja, mexeu com todos os aspectos da minha jornada, o que é uma das funções da arte, refletir a vida.
Não só o filme, mas o grupo de atores também têm minha torcida pra levar indicações ao Oscar. Já vou poder dizer que conheci a protagonista, que participou do coquetel promovido pela agência CAA, depois da sessão, atendendo aos fãs e agradecendo as palavras carinhosas de todos que saíram tão emocionados quanto eu, Jamie e Geena.
“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é o assunto do momento e o grande favorito dessa temporada de premiações, nem precisava terminar assim, mas, insisto, é imperdível!