“O amor é a grande pornografia da vida.” – Todas as Mulheres do Mundo.
Passei um belo domingo (sim, tinha que ser domingo) com “Todas as Mulheres do Mundo”, 1 garrafa de vinho branco e Domingos de Oliveira. Ao assistir os 12 episódios da série, uma adaptação da obra do ator, diretor, dramaturgo de cinema e teatro, poeta e cineasta, no Globoplay, fiz uma viagem no tempo. Lembrei do dia que vi Domingos, pela primeira vez, sentado à mesa ao lado da minha, em um boteco no Rio, há 3 décadas atrás. Lembrei também do impacto que o filme “Todas as Mulheres do Mundo”, protagonizado por Paulo José e Leila Diniz, causou na minha alma jovem há anos, literalmente em outro século.
Lembrei das minhas histórias de amor, que podiam não seguir as convenções da sociedade, mas atendiam as loucuras desejadas pelo meu coração. Me deu uma saudade boa, das vezes que esbarrei com a filha de Domingos, Maria Mariana, no Baixo Gávea. Numa época que ela e as amigas ainda viviam as aventuras que seriam eternizadas em seu diário (que virou um livro) e ficariam conhecidas pelas futuras gerações, graças ao seu best-seller que se tornou um dos maiores sucessos do cinema, teatro e da TV, “Confissões de Adolescente”.
Senti saudades das outras muitas vezes que cruzei com Domingos nos teatros cariocas. Senti saudades de Elis Regina e Cássia Eller, duas divas que junto com Marisa Monte e outras feras, são o som do seriado, que tem uma trilha sonora tão mágica quanto a paixão de Paulo (Emílio Dantas) e Maria Alice (Sophie Charlotte), as estrelas do show.
Senti saudades dos parceiros que participaram da minha jornada amorosa, por 1 noite ou 1 década. Senti saudades da liberdade de ir e vir, que pra mim sempre foi uma necessidade, agora, graças à pandemia, ainda maior.
Chorei, mas de emoção, não de tristeza. Chorei pensando no sorriso de Domingos ao assistir, do plano celestial, à estreia da série que ele e Jorge Furtado planejaram produzir por 15 anos. Chorei pelo lançamento acontecer em pleno isolamento social, nada mais apropriado, já que a trajetória desses heróis e heroínas nos lembram, a cada cena, da importância dos nossos grandes encontros, do toque, do abraço, do beijo, das marcas da paixão. A paixão pelo outro, seja ele (a) um amor, amigo, animal de estimação, pela sua mãe, seu ex, pela plateia do teatro, pela festa, pelo aplauso, pelo conjunto, paixão por tudo que fazemos juntos.
Chorei ao lembrar como o trabalho de Domingos Oliveira traduz tão bem como vejo e sinto o amor, que concordo ser a grande pornografia da vida. E terminei a maratona realizada, com a alma preenchida, inspirada, emocionada, energizada. O mundo pode até mudar depois do Covid-19, mas a arte de amar continuará intocável, assim como a obra de Domingos de Oliveira é insuperável.
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vvvvv | “Todas as Mulheres do Mundo’ é uma série sobre o amor, sobre liberdade. Domingos era um poeta da paixão. Era apaixonado pelo amor, pela vida e pela arte, e apresentava sua visão de mundo, sua originalidade, em tudo que produzia. A série será uma oportunidade para todos os brasileiros conhecerem a poesia de um grande artista”. disse o autor Jorge Furtado[9]A série teve sugestões em vida de Domingos e baseada nos roteiros de “Todas as Mulheres do Mundo”; “Edu Coração de Ouro”, “Amores”; “Separações”; “Os Inseparáveis”; “A Primeira Valsa”; “BR 716”; e “Largando o Escritório”.[9]Os autores fizeram histórias e personagens novos.
Cada Cada episódio conta uma nova história de amor, que juntas formam uma antologia da vida de mulheres e suas diferentes formas de amar. Apesar das personalidades diferentes, elas compartilham o encanto de viver um amor à primeira vista com o mesmo homem: Paulo (Emilio Dantas). Ele é um homem apaixonado pela liberdade, pela poesia, pelas mulheres. Por todas as mulheres do mundo. Arquiteto por formação e poeta de coração, esse carioca mergulha de corpo e alma em cada uma das relações que vive. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Todas_as_Mulheres_do_Mundo_(s%C3%A9rie_de_televis%C3%A3o) |
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