Você está programando uma visita a NY e curte espetáculos de teatro imersivo? Vale incluir “Sleep No More” no seu roteiro. O espetáculo está em cartaz desde de 2011 e se você mora na cidade ou já esteve por lá provavelmente já ouviu falar ou mesmo já foi conferir, mas para nós que participamos da experiência pela primeira vez em 2013, afirmamos que é um daqueles programas que vale a pena repetir.
Tanto que depois de quase 5 anos, retornamos ao Hotel McKittrick, onde tudo acontece, para rever essa montagem da história de Macbeth de William Shakespeare, na qual o espetáculo é baseado (aliás, foi inspirado também em filmes noir, especialmente os de Alfred Hitchcock e faz referências aos ensaios das “Bruxas Paisley” de 1697). Um detalhe interessante sobre o Hotel McKittrick, que é uma referência ao filme “Um Corpo Que Cai” de Hitchcock, é que no site da peça a informação é que o hotel foi recentemente “restaurado” mas, na verdade, é um bloco de armazéns no bairro Chelsea, em Manhattan, transformado em um espaço semelhante a um hotel.
Mas, verdade seja dita, por mais fascinante que a experiência de “Sleep No More” tenha sido pra mim (a segunda vez ainda foi melhor que a primeira), o programa não é pra todo mundo: sua duração é de 2 horas e 30 minutos, subindo e descendo escadas, em cenários cobertos por nevoeiro, luzes estroboscópicas e ambientes escuros. Às vezes temos que correr ou nos espremer entre os participantes para assistir a uma cena. Somos nós que vamos até a ação e não a ação até a gente. E durante todo o tempo usamos uma máscara, que nos é entregue no Manderley Bar, primeira parada antes da gente entrar no elevador e escolher o andar que sairemos pra começar a nossa aventura.
Mas, ao contrário do que alguns acreditam, “Sleep No More” não é um tipo de atração mal-assombrada, a primeira vez que fui ao espetáculo, fiz todo o circuito na companhia de uma amiga, e foi excelente. Mas desta vez, eu segui a orientação dos organizadores do evento e curti a experiência sozinha. Realmente como eles dizem é um trabalho melhor se experimentado individualmente, e compartilho a dica.
Acredito que não tenha visto todas as cenas de “Sleep No More”, mesmo tendo ido duas vezes e me empenhado em percorrer o máximo de salas possíveis, mas no fundo eu acho que o charme da aventura está em justamente não ver tudo, e ficar com aquele gostinho de quero mais pra voltar novamente num futuro próximo. Porque é um daqueles programas que não importa quantas vezes você faça, sempre vai ser diferente e você sempre vai ver, sentir e colecionar uma história nova pra contar quando, após a cena final, retornar ao bar Manderley, reencontrar seu grupo, ouvir um show de jazz e tomar um drink pra dividir com quem está ali, todas as aventuras que viveu mascarado, no hotel McKittrick.
Curiosidades sobre Sleep No More: A forma de apresentação do espetáculo “Sleep No More” é considerada “teatro promenade”, no qual o público caminha ao seu próprio ritmo através de uma variedade de salas de teatro, bem como de teatro ambiental, em que a localização física, ao invés de ser uma casa de teatro tradicional, é uma imitação da configuração real. Também é descrito melhor como o teatro imersivo, e não o teatro interativo, porque, embora a audiência possa passar pelas configurações, interagir com os adereços ou observar os atores em seu próprio ritmo, sua interferência não tem influência sobre a história ou os artistas, exceto em raras ocasiões. |
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