Riley Keough divulga biografia de sua mãe e matamos as saudades de Daisy Jones & The Six com a presença de Sam Cliff

Qual era o meu maior sonho de fã obcecada por “Daisy Jones and the Six”? Estar com Daisy (Riley Keough) e Billy (Sam Claflin) no mesmo evento. E, do nada, na maior surpresa do ano, meu sonho se realizou no evento que já reunia Riley e Taylor Jenkins Reid (a autora do livro “Daisy Jones And The Six”, que originou a minissérie) numa conversa sobre a biografia de Lisa Marie Presley, filha de Elvis e mãe de Keough, que faleceu em janeiro de 2023.

 

 

 

Estava eu sentada na terceira fila, com o livro autografado, que estava incluído no ingresso do evento, prontíssima para ouvir toda a experiência de Riley ao escrever “From Here to the Great Unknown”, atendendo assim um pedido de Lisa, que partiu logo depois de perguntar à filha se ela a ajudaria com o livro, quando vi Sam Claflin entrar e sentar na primeira fila, uns 10 minutos antes de Riley e Taylor subirem ao palco do Live LA Talks, em Santa Monica.

 

 

Ano passado, durante a campanha da minissérie para o Emmy, eu fui a vários eventos com a Riley e a Camila Morrone (Camila Dunne, na série), mas Sam participou apenas de 1 deles por vídeo, já que ele reside na Inglaterra. Para a minha alegria, encontrei Riley, que mora em LA, em várias sessões de “War Pony”, filme que escreveu e dirigiu, na leitura do roteiro de “Anatomia da Queda”, no Valentine’s Day e em alguns eventos de DJATS e garanti até uma foto com ela.

Fato que eu também já tinha conhecido e entrevistado Sam Claflin, quando fiz uma entrevista exclusiva com ele e Shailene Woodley, na promoção do filme “Adrift”, e também no tapete vermelho da estreia do filme, em Los Angeles.

 

 

Mas, naquele momento, eu fiquei petrificada. Sério! Enquanto algumas poucas pessoas na plateia perceberam que o intérprete de Billy Dunne estava presente e foram falar com ele, eu só conseguia pensar que eu ia ver Billy assistindo Daisy, e nada mais “Daisy Jones and the Six” do isso.

Na verdade, Sam que é um grande amigo de Riley, estava lá, assim como eu, para prestigiar o evento que encerrou a tour do livro de memória de Lisa Marie.

 

 

Eu confesso que o livro é muito emocionante, mas o audiobook, narrado por Julia Roberts, Riley e com audios da própria Lisa, que deixou 16 fitas gravadas que foram a base que Riley usou para escrever “From Here to the Great Unknown”, é imperdível.

A própria Taylor Jenkins Reid comentou sobre o audiobook no papo com Keough: “eu li o livro duas vezes e é belíssimo, mas o audiobook é imperdível, a narração toca muito o coração”.

 

 

Ouvir a voz de Lisa e a história da vida de Riley contada por ela mesma é uma experiência intensa, por vezes engraçada e muito profunda. Eu escutei em tempo recorde, durante as minhas andanças de carro pela cidade. Claro que chamei a atenção dos motoristas ao meu redor, quando parava no sinal de trânsito, de tanto que chorei. Eles me olhavam com aquela expressão de por que será que essa moça está aos prantos? Mas, vale a pena, eu senti um misto de catarse e empatia. E, apesar das circunstâncias da minha vida e da vida da Riley serem completamente diferentes, descobri que temos muito em comum. Nos identificamos no amor que nossas mães sentiam por nós e no luto que vivemos com a partida delas. Acredito que o livro tenha atingido o objetivo da Lisa que era compartilhar a sua história de vida e mostrar ao mundo que ela não era só uma princesa, filha do rei do rock, mas um ser humano, imperfeito e fascinante como todos nós.

 

 

Sinopse:
Nº 1 BESTSELLER NACIONAL – BESTSELLER DO NEW YORK TIMES – Escolhido pelo book club da Oprah Winfrey – Nascida de um mito americano e criada nos jardins de Graceland, Lisa Marie Presley conta toda a sua história pela primeira vez neste livro autêntico, emocionante e único. – um livro de memórias fielmente completado por sua filha, Riley Keough.

Abaixo compartilho os destaques do papo entre Taylor e Riley nessa noite que foi inesquecível até para Billy Dunne.

Riley:
“Acho que o pessoal não sabe disso, mas você (Taylor) foi uma das primeiras pessoas que souberam que eu estava trabalhando no livro. Eu te liguei e mandei a proposta e você generosamente leu e deu sugestões.”

Taylor:
“Sim, foi um prazer. Na verdade, eu nunca contei isso pra ninguém.”

Riley:
“É, eu sei. Mas devo dizer que algumas coisas que você sugeriu que fossem cortadas, estão no livro. Risos”

Taylor:
“Pois é, eu queria te proteger. Mas hoje eu acho que você fez um trabalho excepcional. Acho que você acertou em não seguir a minha dica, porque o que torna o livro interessante é a vulnerabilidade e a autenticidade das histórias, a forma como você contou sem medo de se expor demais. E o título também é uma homenagem à música que a Lisa gravou com o pai, Elvis. Eu achei muito poético também.”

Riley:
“Eu acho que era esse o objetivo da minha mãe, mostrar as suas verdades, os desafios que ela enfrentou, com o vício, o luto, e as alegrias, os momentos divertidos, sem censura, sabe?! Ela esperava que assim as pessoas fossem desmistificar a figura pública dela, pintada pela mídia, e se identificar com a sua história. E, sobre o título, sim, essa foi uma música que ela gravou. Lembro que na época, ela não queria, estava insegura, mas acabou topando e ela gostou do resultado. E, pra mim, representa também a minha relação com ela e com o meu irmão que partiram, daqui para o outro plano, para o grande desconhecido, que é o que o título da música significa.”

 

 

Taylor:
“Lindo mesmo. Agora a sua vida teve momentos bem surreis. Afinal, nem todo mundo acordava com uma girafa na janela do quarto em Neverland, do Michael Jackson, risos, mas eu concordo que, independente da realidade que nos cerca, somos todos humanos. E você é muito pé no chão. Essa é uma das coisas que mais admiro em você. Eu tenho muitos amigos que tem um crush em você e quando eles me perguntam como você é, o que falo sempre é que você é muito real, muito presente, zero deslumbrada.”

Riley:
“Eu não sabia que seus amigos tinham um crush em mim. Estou lisonjeada. Risos. Olha, eu entendo que a minha infância não foi convencional. Realmente, a gente era seguido por fotógrafos, comia McDonald’s na cama do Elvis, enquanto os tours estavam acontecendo em Graceland, mas, pra nós, aquela era a nossa vida, a nossa história, sabe?! A gente não sabia nada diferente daquilo. E meus pais, tanto a minha mãe, como o meu pai, sempre foram imunes ao “glamour” da situação. Eles sempre foram pessoas bem reais e fizeram questão de manter a gente com os pés do chão. Isso foi muito importante pra nós.”

Taylor:
“Eu fico impressionada com o seu talento também. Você pode fazer tudo e parece que é tão fácil, atuar, cantar, escrever um livro, tudo vem tão naturalmente pra você.”

Riley:
“Olha, aprender a cantar não foi nada fácil né?! – falou olhando pro Sam e eu já morrendo- ai ela pergunta: “Alguém viu ‘Daisy Jones and the Six’ aqui?” – Galera grita, eu inclusive. – ela diz, “Billy Dunne está aqui!”

Taylor confirma:
“Sam Claflin está aqui sim”.

Riley, falando para o Sam “desculpe” – por colocá-lo no spotlight.

*Ele ri e responde, “tudo bem”. Eu não acredito até agora que eu estava lá para registrar tudinho*

 

 

E Riley continua:
“A gente treinou muito para aprender a cantar, mas da mesma forma, não foi fácil escrever o livro, ouvir as fitas da minha mãe, logo depois que ela partiu, foi duro, mas eu tenho uma personalidade que gosta de desafios. Quando eu acho muito difícil fazer uma coisa, aí é que me dedico de verdade para superar meus próprios desafios, sabe?! Foi o que aconteceu com aprender a cantar também, eu não era boa, mas eu estava determinada a conseguir cantar pela Daisy – olhando para o Sam, ela fala, “parece que estamos no tour de imprensa de ‘Daisy Jones and the Six’ novamente.”

*Ele balançou a cabeça e sorriu concordando , enquanto meu coração de fã gritava*

“Sou assim com tudo, com todos os meus trabalhos e foi assim com o memoir, foi uma tarefa que eu queria cumprir para honrar o desejo da minha mãe.”

Taylor:
“Por isso que eu te admiro tanto. E o livro é triste, mas também tem muitos momentos divertidos, as histórias da infância da sua mãe nos jardins de Graceland, com o pai dela, as aventuras que vocês viveram. A relação dela e do seu pai, Danny Keough, eles foram próximos e melhores amigos, independente do casamento deles ter acabado. Isso é muito bacana e incomum. Sua mãe, como você, tinha vários talentos, o você acha que foi o grande prazer de sua vida?”

Riley:
“Eu acho que foi ser mãe. Ela amava ser mãe. Eu sinto que tenho muito dela na minha relação com a minha filha, que é muito próxima e sem cerimônia, como era a nossa relação. Todas as histórias que ela contou nas gravações, eu já sabia, eu descobri um detalhe ou outro só, mas sempre fomos melhores amigas, muito próximas. E sim, ela e meu pai sempre tiveram uma amizade muita grande que foi maior que o relacionamento amoroso deles. Meu pai morava com ela, quando ela faleceu. Eles eram melhores amigos também. Eu acho a relação deles muito bonita.”

 

 

Taylor:
“E rara também. Hoje, você tem uma vida muito diferente da vida da sua mãe, que estava constantemente na mídia, você é muito discreta, ao mesmo tempo, que tem a responsabilidade de cuidar de Graceland, como herdeira, e do legado da sua família. Como você consegue administrar tudo isso com tanta leveza e graça?

Riley:
“A minha mãe sentia que ela nunca tinha sido de fato compreendida, amada, ela achava que as pessoas gostavam dela por ela ser a filha do Elvis. Ela era muito insegura e sofreu muito com a mídia, com o que falavam dela. Isso a afetava demais. Eu tenho uma outra personalidade, as coisas que as pessoas falam não me afetam. Ao mesmo tempo, eu tenho mesmo uma vida diferente do que foi a vida da minha mãe, ou mesmo a minha infância. Eu vivo no subúrbio, a gente tem uma rotina muito normal, considerando que meu trabalho me permite fazer coisas extraordinárias, mas é diferente. E eu, diferente do Elvis, da minha mãe e do meu irmão, nunca tive problema com vícios. Isso ajuda também, lógico, porque é mais fácil pra mim levar numa boa, sem pressão, o legado da minha família. Sem peso, sabe?!

Taylor:
“Isso é muito bom. Mas o que você mais curte fazer, atuar, cantar, escrever. Qual foi o trabalho que mais te impactou?

Riley:
“Nossa, essa é difícil de responder porque eu acho que todo o trabalho que eu faço eu fico com um pouco do personagem e deixo um pouco de mim com ele. Isso impacta na minha escrita também. Mas, sinceramente, acho que dirigir o meu filme foi o trabalho mais marcante pra mim até agora, porque foi totalmente fora da minha zona de conforto e isso aconteceu logo depois que perdi meu irmão, então foi um momento difícil da minha vida, que dirigir o filme, ajudou. E, a resposta ao filme foi muito positiva, foi tudo muito marcante. Mas, Taylor eu vou te falar uma coisa, a minha inspiração para Daisy Jones veio da minha mãe. Ela teve uma jornada e tinha uma personalidade muito parecida com a Daisy. Por isso que acho que desde o começo eu me senti tão próxima da Daisy Jones, e eu queria interpretá-la de qualquer jeito. De certa forma, eu já a conhecia. Era mesmo a minha mãe. Eu pensei muito nisso ao longo do processo e depois que ela partiu também. Infelizmente, ela não chegou a ver a série, mas ela ouviu o álbum. Ela curtiu muito. A minha mãe tinha medo que a gente seguisse a carreira musical, pelo que ela sofreu e as comparações com o Elvis, mas eu lembro de falar com ela sobre a Daisy, era música, mas eu cantava como parte da minha carreira de atriz. Ela deu força. Acho que por isso, Daisy Jones é tão importante pra mim, por ser uma versão da minha mãe.”

 

 

Taylor:
“Nossa, que honra, que lindo. Fico muito feliz. Uma pena que ela não viu a série, e que bom ela escutou o álbum, tenho certeza que ela está muito orgulhosa de você. E que bom ela ouviu o álbum e viu que você canta muito sim. Falando da Daisy, umas das coisas que você fala abertamente no livro é a questão do vício da sua mãe e do seu irmão. Como várias pessoas aqui, eu inclusive, têm pessoas próximas que batalham contra um vício ou estão sofrendo a dor de uma perda. Eu perdi o meu pai há 5 anos, mas ainda dói. Eu admiro a sua coragem de escrever esse livro inspirador e compartilhar a sua história, inclusive a dor da perda, e da sua família com a gente. Você agora é doula, mas não uma doula de parto, mas de morte. Eu não sabia que isso existia até saber que você estava fazendo isso. Como você começou essa atividade?”

Riley:
“Pois é, quando eu perdi meu irmão eu pesquisei formas para lidar com o luto e uma amiga minha me falou sobre essa oportunidade de ser doula, e ajudar as pessoas que estejam no processo de fazer a passagem. Eu me interessei, fiz um curso e comecei a realizar essa atividade que é uma forma de lidar com o luto. As pessoas não falam muito sobre isso, não tem muitos recursos para tratar a dor da morte. E, pra mim, ser doula foi uma maneira que encontrei de entender melhor o processo. E isso me ajudou até a escrever o livro.”

Taylor:
“Você foi muito bem-sucedida como autora de um New York Times bestseller, parabéns. E obrigada por esse livro maravilhoso e emocionante que é tão real e tão inspirador também.”

Riley:
“Obrigada você por toda ajuda, por estar aqui e obrigada a vocês por terem vindo.”

 

 

Confesso que, em vários momentos, eu espiei Sam assistindo ao painel porque meu coração de fã de DJATS estava histérico demais com a presença dele e também de Taylor, a mente por traz da minha obsessão, no evento.

Mas, verdade seja dita, como Taylor, eu também admiro a forma como Riley lida com o luto, ao mesmo tempo, que celebra a dinastia Presley.

Considerando que Elvis faleceu há 48 anos e continua sendo o Rei do Rock, para todas as novas gerações que nasceram depois de sua partida e são fãs de carteirinha do mito, Riley fez um trabalho lindo ao compartilhar as verdades, não só o glamour, da jornada de sua mãe, lembrando que todos somos humanos, independente do lugar que ocupamos na cultura popular.

 

 

Se eu já era fã de Riley Keough, agora admiro ainda mais essa atriz, roteirista, diretora e escritora que, ao escrever sobre o seu luto, contou um pouco da minha história do meu luto, assim como do luto de muitos de nós.

Consigo entender porque Sam Claflin é tão fã de Riley, o que ele tem em comum com Billy Dunne que também era muito fã de Daisy Jones.

Definitivamente, esse encontro foi um daqueles dias que a minha realidade foi infinitamente melhor que meu sonho! Até porque, quem não gosta de uma surpresa dessas? Vai levar um tempo para meu coração de fã voltar a bater no ritmo normal. Inesquecível!

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