Esse foi o ano mais desafiador do século para o mundo até agora. E para a minha família, as dificuldades começaram mesmo antes da pandemia, quando em fevereiro, mamãe foi diagnosticada com um agressivo câncer no cérebro.
Mas, ao mesmo tempo, para mim, esse foi um ano de novas conquistas profissionais, mudança de apartamento, cidade e vida nos EUA. Abençoado ainda por uma temporada icônica em Nova York, minha cidade favorita na terra estrangeira.
Foi um ano dominado pelos momentos de solitude, que me fizeram muito bem. 2020 entrou para a história da humanidade, e eu também, mesmo durante a longa quarentena, consegui reescrever a minha própria história através de muita reflexão e oração no período de isolamento social que coincidiu com o tratamento de rádio e quimioterapia da mamãe, com quem aprendi grandes lições.
Como diz John Green, em A Culpa é das Estrelas”, “a dor é para ser sentida”, o que faço sem pestanejar. Mas procuro focar mesmo nos momentos felizes, nas lembranças inesquecíveis que me dão a energia necessária para seguir em frente acreditando sempre que dias melhores virão.
E, no balanço de um ano tão pesado, para tanta gente, um ano de tantas perdas e lágrimas, eu compartilho aqui alguns dos melhores momentos que vivi com o intuito de trazer um pouco de leveza a todos os corações que batalham com suas dores e angústias. Esses foram dias dominados pela paz, por alegrias e grandes descobertas.
Agradeço ter sido privilegiada em 2020, com a liberdade de ir e vir, embora sempre preocupada e tomando todos as precauções com a pandemia, pois passei boa parte do ano no Brooklyn, onde a Covid teve um período bem controlado que nos deu a chance de aproveitar a rotina ao ar livre.
Com isso tive também a oportunidade de guardar boas memórias na poupança emocional, que pretendo continuar usando nos percalços da trajetória. Hoje, me preparo pra receber 2021 com o coração cheio de esperança e boas vibrações, porque eu também acho que o poeta Vinícius, no “Samba da Benção” tem razão:
“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração”
Aliás, nunca fez tanto sentido a letra dessa canção.
Feliz Ano Novo!
Com amor,
Claudinha