Desde que me conheço por gente participo de promoção, sorteio, concurso. Nunca ganhei nada mas também não desisti de continuar tentando.
Acho que Deus teve compaixão e semana passada, aos 42 anos, recebi um tweet do site “The Seven Sees” avisando que eu tinha sido premiada com dois ingressos para a première e para a festa do filme “White Bird in a Blizzard, do diretor Gregg Araki, protagonizado pela nossa Shailene Woodley em Los Angeles.
Depois de ter aquele ataque histérico básico de 5 minutos, consegui passar uma mensagem para a amiga Camila Lac chamando ela para me acompanhar ao evento, pra minha sorte ela topou na hora, o que fez da minha noite já epica, ser ainda mais divertida!
Chegamos no cinema Archlight pouco antes das 19h, horario marcado pela produção, em frente a entrada principal um pequeno tapete vermelho estava montado. É interessante observar a diferença da campanha de lançamento de um filme independente como este, do lançamento de filmes de estúdio, como “Divergente” e “Jogos Vorazes”, onde milhões de dólares sao gastos e milhões de pessoas comparecem. Eu particularmente prefiro as “festas” com menos gente, pois são mais intimistas. Nesta première nos sentimos parte da família “White Bird”
Que contou também com a presença do diretor, Araki, e alguns integrantes do elenco do filme, além da nossa estrela favorita Shai (Kat Connor), desfilaram no tapete vermelho Shiloh Fernandez (Phil), Christopher Meloni (Brock), Dale Dickey (Mrs.Hilman) e Jacob Artist (Oliver).
Coincidência, ou não, estávamos bem próximos à mãe e ao irmão de Shai quando ela chegou. Dizem que conhecemos bastante de uma pessoa, especialmente uma celebridade, quando vemos os seus pais. A mãe da Shai, Lori Woodley, não é só a fundadora da organização não governamental “ALL IT TAKES”, jovem, bonita e simples. No melhor sentido. Lori, ao contrário de muitas mães de famosos, não está nos eventos para pegar carona na vida glamourosa da filha, mas para apoiar o trabalho dela que por acaso é como atriz, mas poderia ser economista, advogada ou médica. Vocês podem achar engraçado eu estar mencionando este detalhe no post, mas por trabalhar há tantos anos nesta indústria, pude perceber o quão raro e ver uma família tão low key. O que obviamente explica totalmente a personalidade de Shai, que chegou ao evento mais linda que nunca, de terninho e tênis. Esbanjando energia, espalhando luz (mesmo no escuro) e distribuindo abraços, o irmão ganhou um especial, recheado de amor e elogios.
Eu já tinha assistido ao filme no ITunes duas vezes (o filme foi lançado nos EUA primeiro “on demand” e depois nos cinemas). E adorei. Se não tivesse curtido tanto, acho que só acompanhar o encontro de Shai com a família (que incluía a fofa da vida da avó também) e vê-la abraçar os jornalistas que a entrevistaram no red carpet já teria valido a pena. Mas, claro que assistir ao filme novamente na telona, com Shai e o elenco, além da amiga Cami Lac, sentada na frente da família Woodley foi emocionante.
“White Bird in a Blizzard” conta a história de Kat Connor, interpretada brilhantemente por Shai, cuja mãe desaparece misteriosamente quando ela tinha 17 anos. O final arranca aplausos e wows da plateia, pois é totalmente inesperado. Para Shai, foi um personagem diferente dos que ela interpretou ultimamente, neste filme Kat tem um affair com um homem mais velho e uma bela cena de sexo e nudismo, pura arte. Aliás, como a própria Shai define o trabalho dela no cinema: “sou atriz não pelo glamour de hollywood, mas pela arte de atuar”.
E ver Shai de perto, mostra que a atriz não fala isso da boca pra fora. Ela é mais que gente como a gente, ela é gente querida, alto astral, que pertence à multidão e não quer se isolar em Hollywood, que pode se tornar um universo muito solitário.
Depois da première fomos para a badalada hamburgueria Umami, próxima ao cinema, que estava fechada para a festa de lançamento do filme. Shai tinha uma mesa reservada para ela e a família, mas que ninguém nunca sentou. Todos passaram a festa em pé, na área externa, sem cercadinhos, sem segurança e sem a famosa entourage (agentes, empresários e assessores de imprensa).
A atriz conversou bastante com familiares e amigos presentes e matou as saudades da atriz Molly Ringwald, que interpretou sua mãe no seriado “The Secret Life of the American Teenager” e foi prestigiar a estreia de mais este sucesso de Shai. Alias, Molly é uma lenda do cinema dos anos 80, eu e Cami passamos mal ao ver de pertinho a estrela dos clássicos “Clube dos Cinco”, “Gatinhas e Gatões” e “A Garota de Rosa Shock”.
Foi o terceiro filme de Shai, este ano, que tive a chance de assistir a première com ela. Fui ao lançamento beneficente de “Divergente” e “A Culpa é das Estrelas’ organizados pela ONG de sua mãe, a ALL IT Takes. E cada vez que a encontro acho Shailene Woodley mais “cool”. Aliás, esta é a palavra que a define melhor. É assim que jornalistas e a turma do entretenimento se referem a Shai. A simplicidade herdada da mãe e a paz que ela transmite ao circular livremente neste mundo turbulento são impressionantes. Shai é talentosa, é segura, muito mais que eu era quando eu tinha a idade dela e olha que eu nem trabalhava neste business cruel. Observá-la já é um presente. Foi isso que Cami e eu fizemos durante a noite super agradável e até meio surreal que passamos perto dela. O resultado: saimos da festa de “White Bird” logo depois da atriz e ainda mais apaixonadas por ela.
Quanto ao evento em si, acho que até agora ainda não acreditei que ganhei esta promoção. Obrigada ao The Seven Sees pela fantástica oportunidade, e o segredo é não desistir mesmo, vou continuar participando de tudo, mesmo que leve outros 42 anos para eu ser premiada novamente, porque só a possibilidade de viver outro dia onde a realidade é melhor que meu proprio sonho, já vale super a pena.