Só deu Jennifer Lawrence no tapete vermelho no início de 2013. Nem uma forte pneumonia impediu a atriz de brilhar e encantar o mundo com suas entrevistas divertidíssimas. Ela ganhou o Golden Globes, o SAG Awards, o Oscar e muitos outros prêmios por sua atuação brilhante em “Silver Linings Playbook”.
Ficou conhecida não só como a melhor atriz, mas acaba de ser eleita a melhor “entertainer” pela Associated Press. O apelido dado por sua professora de escola foi adotado pela imprensa e pelos fãs e hoje ela também é chamada de “JLAW”.
Como se não bastasse, Lawrence é a protagonista do fenômeno de bilheteria do ano: o filme “Em Chamas”, e já está indicada por sua performance em “American Hustle”(“Trapaça”), filme que a reuniu novamente com o diretor de “O Lado Bom da Vida”, David O. Russell, e seu co-star e amigo Bradley Cooper.
Aos 23 anos de idade, JLAW é uma das mais bem remuneradas estrelas de Hollywood. O mega star Jack Nicholson mandou flores, champanhe e um bilhete que dizia: “Já estou com saudades suas”. Os fãs e jornalistas acharam mil motivos para serem seus melhores amigos e morrem de inveja de Justine, sua assistente e BFF.
Faço parte deste grupo. Sou fã de carteirinha de Jennifer Lawrence e de seus discursos nas premiações. Tudo fica menos cansativo e muito mais engraçado quando ela sobe no palco para agradecer à estatueta nua do SAG ou tropeça no vestido e cai diante de milhares de pessoas na escada para pegar seu Oscar. Independente da situação constrangedora, ela se sai muito bem com seu senso de humor imbatível.
Trabalho no entretenimento há anos, tanto no Brasil, como em LA, e acho que Jen é diferente da maioria dos seus colegas de profissão, especialmente os da sua idade. Mas concordo com ela quando diz que não sabe porque as pessoas acham esquisito ela permanecer “normal” pós fama. Acho que normal não é a palavra que a define. Jennifer Lawrence é tão normal quanto nós, mas ela não é deslumbrada. E isso é uma característica que se aprende em casa.
Não conheço os pais dela, apenas os vi em breves entrevistas na TV, mas é nítido perceber que o glamour nunca os encantou, pelo contrário, os assustava. Até por isso, eles tentaram desviar a atenção da jovem Lawrence da ideia de seguir a carreira artística. O talento nato acabou falando mais alto e aqui ela está, mas concordo com Karen Lawrence, sua mãe, eu teria feito a mesma coisa. Aliás, foi o que a minha mãe fez comigo. Não que eu quisesse ser atriz, mas desde a adolescência eu sonhava em fazer parte do mundo do entretenimento . Minha mãe disse não. E hoje eu agradeço a ela, pois entrei na indústria na hora que eu tinha maturidade suficiente para não viver deslumbrada.
Não me entendam mal, o deslumbramento pode ser uma coisa boa, vide a carinha “deslumbrada” de JLAW ao saber que a Julia Roberts tinha dito numa entrevista que ela era muito “cool”. O que atrapalha é quando a pessoa se deixa seduzir por este sentimento e passa a acreditar que é especial só porque é celebridade.
Infelizmente, isso é o que mais acontece, especialmente entre aqueles que conquistam o estrelato ainda jovens. Para alguns, a fama funciona como uma chavinha que quando é acionada no cérebro não só de quem faz sucesso, mas de toda a sua família e amigos, os faz acreditar que são melhores que os outros por ter seu rosto estampado em uma capa de revista ou em um outdoor.
A maioria avassaladora das pessoas que começam sua carreira cedo no entretenimento é por incentivo dos pais. Ao contrário dos Lawrence, eles gostariam de ter a oportunidade que estão dando aos filhos e quando o sucesso chega, eles passam a se realizar através deles. Deixam de ser pais e passam a ser fãs. Aí, tudo desanda de vez. O jovem que precisa ser protegido, passa a ser responsável financeiramente e emocionalmente pelos próprios familiares. Tudo vira de ponta pro ar. E as consequências estão nas muitas histórias que são publicadas diariamente na mídia social. É lamentável. É interessante que não tem haver com o poder econômico, muitas pessoas da classe AA que eu mesma conheço, se deslumbram com o entretenimento. Isso vem de uma profunda necessidade de ser aceito e amado.
Mas o objetivo desta matéria é fazer uma homenagem a Gary e Karen Lawrence, e aos meus pais que também nunca me deixaram cair na tentação do deslumbramento.
Parafraseando a própria Jennifer, isso é apenas um trabalho e bom mesmo é ficar em casa vendo um episódio das Kardashians.
Seria hipocrisia dizer que o sucesso não tem suas vantagens. Claro que tem, muitas, que devem ser aproveitadas de forma saudável. Mas importante mesmo para um filho é saber que independente do que ela faça na vida, de onde ele esteja, e da conta bancária que ele tenha, seus pais continuem sendo seus pais, agindo como tal, puxando a orelha quando devem, aplaudindo nas horas certas, afinal ninguém nos conhece melhor do que aqueles que nos trouxeram ao mundo.
Não tenho dúvidas de que seja por isso que JLaw goste tanto de voltar para casa em Kentucky. Afinal lá é seu porto seguro, o lugar onde ela pode ser quem de fato é e todos vão amá-la mesmo assim. Precioso ter uma família como esta, e espero que Lawrence permaneca muitos anos no entretenimento, sendo normal como ela é, e mostrando ao mundo as lições que ela aprende em casa. Mais importante que roupas caras, diamantes e holofotes, o verdadeiro glamour está no valor que a família tem, não só na vida de um artista, mas de qualquer um de nós.
E sim, concordo, também sonho em ser a melhor amiga de Jen, e mal posso esperar para a nova temporada de prêmios começar. Assistir suas entrevistas hilárias é certamente mais divertido que um episódio de Dance Moms, que certamente ela vai deixar gravando em casa.
Que seu ano de 2014 seja tão normal e tão engraçado como Jennifer Lawrence!
11 motivos para amar Jennifer Lawrence
“Se somos loucos? Talvez seja verdade. Mas somos loucos por você, Jennifer Lawrence.”
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Jennifer foi a unica atriz da qual eu realmente me apaixonei. A primeira vez que bati os olhos nela protagonizando um filme foi como amor a primeira vista. Ela é sensacional, meu sonho seria conhecê-la <3