Vocês sabiam que Santa Cruz é a cidade natal do surfe, no continente nos EUA? O esporte foi trazido por príncipes havaianos que foram estudar no local.
Visitei o museu do surfe na cidade, que fica dentro de um farol, e é gratuito. Impressionante ver a evolução das pranchas, desde os tempos que eram de madeira, até hoje. Além disso, conhecer um pouco a história desse esporte que sempre me fascinou. Quando eu era adolescente, eu assistia a vários campeonatos na praia da Barra da Tijuca, no Rio, e sonhava em namorar um surfista. A ironia é que nenhum dos meus namorados surfaram e, eu mesma, nunca arrisquei pegar onda, nem com a morey boogie do meu irmão. Ele também não surfava, mas sua filha, minha sobrinha de 10 anos, é fera e domina a prancha como ninguém. Não pretende seguir como profissional, mas é a única da família que pratica esse belíssimo esporte.
Aliás, em Santa Cruz, o que não faltam são belíssimas praias para praticar o surfe e curtir o sol e o visual. O litoral é lindo de viver e habitado por leões-marinhos que dão um show à parte.
Outra coisa que me chamou a atenção no local foram os faróis. Achei um charme o museu do surfe ser dentre de um deles, o Steamer Lane Lighthouse. Visitei o o Walton Lighthouse, que fica do outro lado da cidade também, próximo à Marina, na avenida East West Cliff.
Eu nasci em frente ao farol da Barra, em Salvador, na Bahia e, talvez por isso, seja obcecada por faróis até hoje.
Uma vez eu ouvi um personagem de uma série dizer que quem nasce em frente ao mar tem aquela vontade de partir e explorar o mundo. Achei poético porque define a minha alma cigana, mas fato que é sempre bom ter um “farol” que “mostra a terra firme quando estamos navegando por aí” e, na minha vida, os faróis simbolizam um porto seguro. Felizmente hoje tenho mais de um, no Brasil e na Califórnia também. E, nessa vibe, me sinto segura para sair pelo mundo afora, e visitar paraísos como Santa Cruz, a bela capital do surfe nos EUA.