Pé na estrada em Hartford: Visitamos uma das mais antigas cidades dos EUA e locação de Gilmore Girls

Os fãs de “Gilmore Girls” certamente se lembram de Hartford, Connecticut, onde ficava a mansão de Emily e Richard Gilmore, onde Lorelai cresceu e, mais importante, uma das locações principais da série onde aconteciam os jantares de sexta e onde muitos dramas se desenrolaram na série.

Vou confessar que “Gilmore Girls” foi minha grande inspiração para visitar a cidade, uma das mais antigas dos EUA

Hartford também é conhecida como a “Capital do Seguro” (de vida, de carro, de saúde) e, não por acaso, foi como dono de uma empresa de seguros que Richard Gilmore fez sua fortuna no seriado.

E, para quem não é do fandom de “Gilmore Girls”, também vale a pena acompanhar o tour que fizemos por lá, pois o passeio por Hartford conta um pouco a história dos EUA, já que o estado de Connecticut, que fica na região da Nova Inglaterra, foi uma das 13 colônias que formaram essa nação.

A arquitetura da capital de Connecticut é belíssima e no centro da cidade, onde fiquei hospedada em um hotel histórico, sobram excelentes restaurantes. Mas, vale ressaltar que a cidade que foi uma das mais ricas dos EUA durante décadas, desde 2015 está entre as mais pobres, ou seja, todo esse glamour fica restrito aos turistas e à minoria rica.

E, falando em desigualdade social, coisa que entendemos bem no Brasil, e antes de apresentarmos a Hartford que visitamos, lembramos que essa região era habitada por várias tribos indígenas do povo Algonquin que, com a chegada dos colonizadores, foram executadas e forçadas a migrar para outras áreas nos EUA e Canadá. Fica aqui a nossa homenagem e o imenso respeito que temos pelos verdadeiros donos dessa terra, os nativos indígenas estadunidenses.

Aliás, aí vai uma curiosidade: os Anishnabek, conhecidos no mundo acadêmico como Algonquin, nunca se autodenominaram Algonquin. “Nós, o Povo, nos chamávamos de Anishnabek e tínhamos nomes que se referiam especificamente ao lugar de onde viemos. Por exemplo, Kitigan Zibi Anishnabek significa ‘Pessoas do Rio Jardim’, e Kitiganik Anishnabek significa ‘Pessoas do Jardim’.”

Agora sim, vamos compartilhar a aventura, começando pelo hotel espetacular onde fiquei, no coração da cidade, lembrando que essa propaganda é gratuita já que paguei pela minha hospedagem.

Não foi barato, mas tudo no The Goodwin vale a pena. “O hotel, que um dia foi um edifício residencial histórico do século XIX, combina de forma única a história da capital de Connecticut com o estilo contemporâneo. Mais do que um hotel boutique de luxo em Hartford, o The Goodwin é uma experiência cultural que combina a elegância do século XIX, com uma decoração moderna do século XXI”, assino embaixo da descrição do hotel acima, citada em seu site, por isso reproduzi aqui.

 

 

 

O quarto era pra lá de confortável, assim como o decor das áreas comuns era incrível. Pra completar, o bar no térreo, que tem uma biblioteca, é um dos imperdíveis do centro de Hartford.

 

 

 

 

 

 

Falando em livro, a cidade foi a casa do escritor Mark Twain, considerado o maior humorista americano de sua época e um ávido crítico do racismo, que foi definido por William Faulkner como o “pai da literatura estadunidense”. Mark é mais conhecido pelos romances “The Adventures of Tom Sawyer” (As aventuras de Tom Sawyer,1876) e sua sequência “Adventures of Huckleberry Finn” (1885), este último frequentemente chamado de “O Maior Romance Americano”.

 

 

“Twain obteve grande êxito como escritor e como palestrante. Seu raciocínio perspicaz e suas sátiras incisivas renderam-lhe a admiração de seus pares e o enaltecimento dos críticos, e Mark manteve boas relações com presidentes, artistas, industriais e a realeza europeia.” Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mark_Twain

 

 

 

Agendei o tour guiado na casa de Mark Twain, que fica em um bairro próximo ao centro, antecipadamente, afinal a atração está para Hartford como a placa de Hollywood está para LA. Infelizmente, não podemos fotografar e gravar o interior, mas deu para registrar os belos jardins e o exterior da casa. Foi uma aula sobre a vida desse gênio de quem eu já era fã. A lojinha também tem mimos lindos, comprei até uma miniatura de Mark que agora decora meu quarto. Foi um programão!

 

 

 

Do ladinho da casa do escritor está a residência da abolicionista e também escritora Harriet Elizabeth Beecher Stowe. A visita a essa residência é gratuita e interessante pois conta um pouco da história da escravidão nos EUA.

 

 

De volta ao centro, um almoço delicioso no famoso restaurante Black-Eyed Sally, especializado na comida do sul dos EUA, conhecida como Cajun food que, por sinal, eu amo de paixão, e pelo seu barbecue, o churrasco estadunidense. Eu fui de New Orleans Jambalaya, um prato que lembra o risoto e combina camarão, frango, salchicha. Estranho? Não, garanto que é delicioso! Além da comida ótima, o ambiente é super astral, decoração divertida e a música, sensacional.

 

 

 

Pra fazer a digestão, optei por um passeio no centro e fui visitar o Connecticut State Capital, como era feriado, o prédio estava fechado, mas deu para curtir a caminhada em seus belos jardins e arredores que fechou com chave de ouro minha rápida, mas super proveitosa, passagem por Hartford.

 

 

Sou eternamente grata à família Gilmore por ter me levado até lá. Espero que, para quem não é fã de “Gilmore Girls”, esse post também sirva de inspiração pra você visitar Hartford na próxima vez que colocar o pé na estrada, sua história tem uma relevância importante traduzida em sua arquitetura suntuosa.

 

 

 

 

 

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