“Os Olhos de Arthur”, curta dirigido por Allan Deberton, é estrelado por André Campos, conta a história do jovem Arthur, portador de autismo que sonha em ser nadador.
O filme estreou no Brasil, no Festival de Curta Taquary, em Pernambuco, onde recebeu os prêmios de melhor ator, melhor montagem e um prêmio especial de melhor plano. Participou também do festival de Coremas, na Paraîba, onde André Campos também foi premiado como melhor ator. E foi selecionado pelo Festival Curta Guarnicê, no Maranhão;
A estreia internacional de “Os Olhos de Arthur” aconteceu no Motivational International Film Festival, na Rússia. E o curta também foi um dos destaques no Festival de Cinema Brasileiro em Toronto, Canadá, onde foi exibido no ultimo dia 14.
Tivemos a oportunidade de conversar com o protagonista do filme Andre Campos que nos contou um pouco sobre a construção desde fascinante personagem, a importância em se tratar de um tema como o autismo, e como ele espera inspirar as pessoas para que entendam melhor esta condição, vencendo os preconceitos que ainda existem em relação ao assunto. Imperdível conferir a entrevista e prestigiar o curta!
Trailer:
Por: Stephanie Pendl
Como foi o processo de construção do personagem Arthur?
Por se tratar de um filme baseado em uma história real e um tema tão rico e sensível, antes de iniciar o processo tive algumas conversas entre o diretor-autor (Allan Deberton) e a nossa preparadora de elenco (Nataly Rocha). Fator fundamental que serviu como ponto de partida para o nascimento do personagem. O autismo é um tema que sempre despertou minha atenção, e um pouco da minha sede por conhecimento sobre o assunto foi saciada quando tive a oportunidade de dar vida ao Arthur e mergulhar a fundo nesse universo. Então, junto ao trabalho de pesquisa e laboratório fui pouco a pouco me surpreendendo com o que o personagem havia reservado a mim. Corpo, mente e alma trabalhavam extasiados com a experiência.
O que esperar do Arthur?
O Arthur é um rapaz maduro, inteligente e sensível, com um coração gigante e a garra e a perseverança de um grande vencedor. Ele não enxerga as dificuldades impostas por conta da sua deficiência, isso o faz diferente. A piscina para ele não é só um local de lazer e descontração, é o seu universo particular e íntimo, é onde todos os seus sonhos podem ser realizados.
Qual foi sua primeira impressão sobre o personagem Arthur?
Logo quando o roteiro me foi apresentado, pude enxergar algo incomum no Arthur, apesar de ter as suas habilidades motoras bem comprometidas, ele não media esforços e buscava incessantemente o seu grande objetivo que era se tornar um nadador profissional.
Como foi a experiência de interpretá-lo?
Era um mundo novo para mim até então, o curta foi a minha primeira experiência com o cinema. E logo de cara ter a honra de trabalhar com uma equipe tão competente e generosa torna tudo mais prazeroso. A relação com o espaço de trabalho também contribuiu muito para que tudo funcionasse em harmonia, um cenário rodeado por árvores e o contato com a água a cada braçada dada me transportavam a um mundo inerte. O Arthur me presenteou com experiências maravilhosas que carregarei por toda a minha vida.
Conte um pouco sobre a preparação de uma cena bem marcante ou algumas cenas marcantes.
Um dos momentos bem vivos na minha lembrança, foi o momento em que o Arthur toma conhecimento de uma notícia que afetará definitivamente a sua vida. E os acontecimentos que sucedem o ponto de virada exigiram muito no aspecto físico, já que não tínhamos tanto tempo para recuperarmos o fôlego entre uma volta e outra.
O que o público pode esperar do filme Os Olhos de Arthur?
O público pode esperar um filme bem marcante e sensível que traz de forma um pouco poética alguns traços da rotina de um personagem cativante que se fez presente na vida do nosso diretor.
De que maneira vocês esperam que o filme contribua para este olhar sobre o tema AUTISMO?
Eu acredito principalmente que o filme contribua de forma significativa para a quebra de alguns preconceitos e paradigmas que ainda existem sobre o autismo. Atentando para o que de fato consiste.
Em uma palavra defina o filme.
Superação
Fale um pouco sobre seus projetos futuros. Se puder, claro!
Além do Curta “Os Olhos de Arthur”, tive a honra de compor o elenco do Longa “O Shaolin do Sertão”, de Halder Gomes com estreia marcada nos cinemas para o dia 20 de outubro. Também vivi o personagem Manuel de Oliveira Paiva no longa “O Dragão do Mar”, com estreia prevista para 2017 e no no Curta “O Vampiro”, com estreia também prevista para 2017.
Excelente trabalho deste ator e equipe toda. Sucesso e parabéns.
Parabéns pela entrevista, Stephanie Pendl.