O Superbowl

Dentre as muitas vantagens em morar em um outro país, está a oportunidade de conhecermos um pouco mais da cultura local e saber porque determinados eventos são tao importantes para aquela sociedade.

Sempre ouvi falar de Superbowl nos filmes, seriados e mesmo no noticiário de TV, mas não sabia exatamente o que significava até me mudar para Los Angeles.

O futebol americano está para eles, como o nosso futebol está pra gente. As pessoas são fascinadas e viciadas em seus times, assim como flamenguistas, vascaínos, tricolores ou gremistas. O ritual dos americanos é bem parecido com o nosso: ao longo do ano, aos domingos, famílias se reúnem em casa, amigos nos bares em frente à TV e torcedores vestem as suas camisas, levantam as bandeiras e lotam os estádios pelo país a fora para acompanhar os jogos do campeonato. Superbowl é o nome que se dá à grande final que rola sempre no primeiro domingo de fevereiro.

É interessante que, como no Brasil, as cidades param, enquanto os restaurantes lotam. Mesmo aqueles que normalmente não têm um aparelho de TV, fazem questão de colocar vários para atrair não só os fanáticos como também os curiosos. Afinal, não tem como morar nos EUA e deixar de participar do evento, mesmo a gente que não entenda exatamente o que esteja acontecendo na partida, em dia de Superbowl tem que acompanhar o jogo.

Para a sorte dos leigos no assunto, como eu, os norte-americanos não perdem a oportunidade de transformar todo evento em um grande show e com o Superbowl não poderia ser diferente. O acontecimento esportivo, de maior audiência da história da TV americana, é também conhecido pelos seus intervalos comerciais. Apesar de ser o segundo na televisão mais caro do ano, as empresas produzem filmes publicitários especiais para a data e não se importam em gastar milhões de dólares para atraírem a atenção de seus consumidores. Vários concursos são promovidos pelos organizadores para escolher o melhor comercial. O retorno do investimento é grande para as empresas.

 

 

Aliás, os comerciais são tão comentados pelos jornais e pela mídia social quanto as próprias jogadas. O mesmo serve para a abertura do jogo, com um artista famoso cantando o hino dos EUA, e para o “Half Time Show” que acontece no principal intervalo na metade do jogo. O “Half Time Show” é uma apresentação, promovida pela Pepsi de tirar o fôlego, são 15 minutos de puro glamour. O artista convidado para cantar no Superbowl considera este momento uma honra, o evento é tão importante para a sociedade norte-americana que é uma maneira de saber que aquela pessoa é realmente famosa.

Este ano a grande final foi na cidade de New Orleans, no estado da Lousiana, que fica a aproximadamente 5 horas de voo da California. O estádio do Superdome é um dos mais bonitos do país e recebeu várias celebridades que estiveram lá para torcer por um dos finalistas: Baltimore Ravens (grande campeão) e o San Francisco 49ers. Não tanto pelo jogo, mas pela badalação eu adoraria estar lá. Imagina esbarrar com nossos vamps prediletos: Ian, Nina, Paul e Torrey foram prestigiar o super evento.

 

Mas como é muito longe daqui deixei a aventura para uma próxima oportunidade, mas me reuni com os amigos em um dos meus restaurantes prediletos na Main Street, em Santa Monica, o The Victorian, para viver o domingo mais importante no esporte nos EUA, como os nativos, em frente à TV.

 

O melhor é que o restaurante entrou no clima da festa e presenteou seus clientes com uma mesa de salada, hambúrguer e cachorro-quente de graça, além de bebidas e aperitivos pela metade do preço. Uma delícia!

Além disso, nos emocionamos com Alicia Keys na hora do hino e babamos com a apresentação da musa absoluta Beyoncé e as companheiras do Destiny’s Child, no show do intervalo.

 

 

 

Quanto ao jogo, estavamos torcendo para o time de São Francisco em solidariedade aos nossos amigos californianos, infelizmente perdemos e confesso que para gente ainda é difícil entender o que é o touchdown, aparentemente, uma das principais jogadas do futebol americano. Mas, como diz o ditado: na América, como os americanos. O barato é seguir a tradição do país que moramos e de quebra levantar no bar e dançar ao som da super musa Beyoncé. No final das contas, o Superbowl é sim um programão!!!

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