Muitas pessoas me perguntam porque grande atores, inclusive vencedores de Oscar, participam de Q&As depois de uma sessão de cinema de um de seus filmes independentes, quando muitos deles nem costumam promover tanto seus filmes de estúdio.
Ha 2 semanas encontrei Logan Lerman, no cinema The Landmark, em LA. Ele estava lá para prestigiar seu novo filme “Indignation” e no bate-papo depois da sessão mencionou a importância de participar deste tipo evento quando se trata de cinema independente: “eu não costumo fazer grandes promoções dos trabalhos que faço. Os filmes de estúdio têm verba suficiente para fazer marketing, mas um tipo de filme como o nosso de baixo orçamento, depende da divulgação boca a boca mesmo, e eu gostei tanto de fazer parte deste projeto, sou tão orgulhoso dele, que eu quero que as pessoas assistam e faço de tudo para poder ajudar, e acho esta oportunidade excelente”. O super simpático e sorridente ator ainda nos agradeceu por não termos ido embora depois do filme, por ficarmos lá para conversar com ele.
Mas seria impossível não permanecer no cinema para ouvir Logan contar um pouco das histórias dos bastidores deste filme espetacular. Ele dá um show na telona, assim como conquista o coração de todos com seu carisma. Para completar o moderador do Q&A foi meu professor na UCLA, quando fiz o curso de jornalismo. Tive aula com Ari duas vezes e aprendi com ele técnicas de entrevista que aplico hoje nas coletivas de imprensa que participo. Foi um prazer revê-lo e cumprimentá-lo depois do papo que ele bateu com Lerman, que também respondeu as perguntas do público presente.
Estrela de sucessos como “As Vantagens De Ser Invisível”, em “Indignation”, que se passa em 1951, Logan interpreta Marcus um jovem judeu de Nova Jersey, recém-chegado à Universidade Winesburg, em Ohio. Entre novas experiências, Marcus também sofrerá com repressões e violência na conservadora faculdade, onde lida com anti-semitismo e repressão sexual. Local também em que um breve momento sua vida converge com a brilhante filha de um ex-aluno. Fonte: Adoro Cinema.
Vale a pena conferir o trailer e ajudar Logan a promover este filme que é uma obra-prima e merece ser prestigiado pelos fãs do ator e de cinema:
Outra atriz top que também conheci no mesmo cinema divulgando o filme que escreveu, produziu, dirigiu e atuou foi a vencedora do Oscar de Melhor atriz em 2011, Natalie Portman. Seu projeto de vida, como a própria atriz classificou seu novo filme, foi todo rodado em Jerusalem e é falado em hebraico. “Amor e Trevas” é uma adaptação do livro de memórias escrito por Amos Oz. O filme se passa durante a guerra em Jerusalém, e conta a história de um garoto que cresce em um apartamento lotado de livros dos mais diferentes idiomas. Aos doze anos de idade sua mãe, interpretada por Portman, comete suicídio, mudando para sempre a vida da família. Após a tragédia, ele entra para um kibbutz, muda seu nome e começa a trabalhar como escritor, participando ativamente da vida política do país. Fonte: Adoro Cinema.
Ao falar sobre o trabalho, Natalie transmite muita calma, que é uma característica importante para um diretor, especialmente para enfrentar os desafios durante as gravações de um filme. Muito inteligente, a atriz contou que não é fácil mesmo ser mulher em Hollywood, mas que estava feliz em fazer parte desta nova geração que está transformando a indústria do entretenimento. Natalie também mencionou como foi importante ter a ajuda do marido para cuidar do filho, enquanto ela se dedicava a este filme, no qual por sinal Portman deu um show também como atriz.
Infelizmente, ela não respondeu a perguntas da plateia, apenas do moderador, o que foi um tanto atípico para os eventos do Landmark, assim como a presença de dois seguranças que permaneceram no local durante todo o bate-papo. Nunca tinha visto nada parecido, nem mesmo, quando Susan Sarandon esteve no mesmo local para divulgar seu filme “The Meddler”, mas Natalie Portman, mesmo sem ter cumprimentado os fãs, foi bastante simpática, e eu creio que a segurança reforçada se deu por se tratar de um filme que aborda questões políticas delicadas, o que de certa forma justificou também a suspensão da participação do público neste Q&A.
De qualquer forma, o cinema que é frequentado pelos membros da Academia que votam para o Oscar estava lotado. E o filme é excelente, vale assistir: