Por: Carl
SINOPSE: Quando Bradley, o namorado de Gia Montgomery, termina com ela no estacionamento do baile de formatura, ela precisa pensar rápido. Afinal, ela vem falando dele para suas amigas há meses. Esta era para ser a noite em que ela provaria que ele não é uma invenção de sua cabeça. Então, quando vê um garoto esperando pela irmã no estacionamento do baile, Gia o recruta para ajudá-la. A tarefa é simples: passar por namorado dela — apenas duas horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. Depois disso, ela pode tentar reconquistar o verdadeiro Bradley. O problema é que, alguns dias depois do baile, não é em Bradley que Gia está pensando, mas no substituto. Aquele cujo nome ela nem sabe. Mas localizá-lo não significa que o relacionamento de mentira deles acabou. Gia deve um favor a esse cara, e a irmã dele tem a solução perfeita: a festa de formatura da ex-namorada dele — apenas três horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. E, justamente quando Gia começa a se perguntar se pode transformar seu namorado falso em real, Bradley reaparece, expondo sua farsa e ameaçando destruir suas amizades e seu novo relacionamento. Inteligente e maravilhosamente romântico, Namorado de aluguel retrata a jornada inesperada de uma garota para encontrar o amor — e possivelmente até a si mesma – Kasie WEST – Editora VERUS – 2016 – 250 páginas.
Sabem aqueles filmes que passavam, ou ainda passam, de tarde na televisão aberta? Que você já viu uma, duas, três vezes, mas, mesmo assim, continua assistindo? Não porque você não tem nada melhor para ver, mas porque a fórmula deles, apesar de clichê, é universal e agrada pela inocência, pela simpatia, pela vontade que desperta em querer fazer parte da história. Bem, NAMORADO DE ALUGUEL é um livro que se encaixa perfeitamente nesse gênero.
A história de como Gia acaba se apaixonando pelo garoto que usou para substituir seu ex-namorado no baile de fim de ano para não passar vergonha na frente das melhores amigas, é isso mesmo: não tem nada de surpreendente, de diferente, de novo. Você, antes mesmo de ler, já sabe como vai terminar. Não existe drama, não existe nenhum trauma, nem família desajustada, enfim, é a narrativa de como dois jovens acabam se apaixonando por acaso.
Aí você diz: cara, nem vou ler. Não faça isso. Leia.
A narrativa é tão gostosa, a química entre o casal principal funciona de forma tão natural, tão inocente, tão gostosa de acompanhar, que você acaba lendo todo o livro em um dia. Ainda mais que ele é fininho e tem letras grandes. Nem as partes em que Gia se relaciona com seus pais, bem como com o irmão mais velho, o que acaba desviando o foco do livro, incomodam. São poucas, curtas e acabam funcionando como um intervalo entre os encontros do casal.
“Ele olhou para minha boca, e, quando eu já começava a imaginar que ele pensava em outras coisas, coisas melhores, coisas que me fariam esquecer completamente esta noite, ele franziu a testa com um suspiro frustrado.
– O que foi?
– Você está sorrindo.
– Isso é bom, não é?
– Gia. – Ele fez uma pausa e segurou minha mão. – Não combina com o que você está sentindo.
– Eu não choro, se é isso o que está pensando.
– Em que você está pensando?
– Eu estava pensando em surfar. Agora estou pensando que a sua mão é quente. – E que era muito bom segurá-la.”
Sabem qual o momento certo de ler NAMORADO DE ALUGUEL? Quando você está de ressaca literária. A leveza da história afasta qualquer bloqueio que você tenha. Ela deixa um sorriso e uma sensação de felicidade, exatamente por sua simplicidade, que dão uma limpeza no seu cérebro e deixam ele pronto para qualquer nova leitura que deseje fazer.
Uma coisa que achei madura da autora, é que ela não só soube criar as situações cotidianas mais comuns e gostosas de acompanhar com os dois personagens, mas ela também teve discernimento para, no fim da história, dar um resultado realista e digno para a relação de Gia com suas amigas. Ou seja, ela não escreveu do jeito que fez por falta de experiência ou criatividade, mas de maneira pensada, com muita competência.
NAMORADO DE ALUGUEL é o tipo de livro que passa despercebido nas livrarias, por transmitir, através de seu título, que o leitor não irá se interessar pelo conteúdo, uma vez que ele já foi tratado em diversas mídias diferentes. Mas é uma percepção errada. Dê um voto de confiança e não se arrependerá 😉