Kiera Cass na Bienal do Livro de SP

OLYMPUS DIGITAL CAMERAPor: Gabi Porcaro

Kiera Cass virou a Bienal do Livro de cabeça pra baixo no sábado dia 23, e eu é claro que não poderia perder a oportunidade de ver essa nossa querida escritora de perto. Vou contar para vocês tudo sobre como foi a minha experiência de ver a Kiera Cass nesse dia.

Eu não tive a oportunidade de pegar um autógrafo nem de tirar foto com ela pois as senhas para isso começaram a ser distribuídas às 10 da manhã, e mesmo assim, só as pessoas que chegaram entre 6 e 7 da manhã conseguiram, pois eram apenas paras as 500 primeiras. Eu já sabia que não ia conseguir mesmo pois nesse dia tive que trabalhar então só conseguiria chegar depois do almoço. Portanto o meu foco ficou todo na sessão de bate-papo, que não precisaria de senha para participar, porém devido à multidão que eu tinha certeza que estaria lá para vê-la eu sabia que tinha que chegar o mais rápido possível para conseguir um lugar.

Eu cheguei na Bienal em torno das 15h, o painel era só às 18h. Pensei até em dar uma andada rapidinha pelos stands das editoras antes de ir para o local onde ia ser o bate-papo. Claramente eu não tinha nem noção do que esperar, pois assim que coloquei os pés na Bienal tudo que eu conseguia ver era pessoas, milhares de pessoas, para todos os lados, mal dava pra ver o chão! Além disso eu também ouvia alguém falando ao microfone e muito gritos seguindo isso. Não demorou para eu descobrir que os gritos vinham da área onde estava acontecendo o bate-papo da autora da série “Cidade dos Ossos”, Cassandra Clare.

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Eu imaginava que os painéis seriam em uma espécie de auditório, meio separado das pessoas e do barulho da Bienal. Fiquei surpresa quando vi que eles aconteciam lá mesmo, no meio de toda a bagunça, em uma área onde havia um palco e vários pufes para as pessoas sentarem, com somente algumas grades dividindo esse espaço do corredor onde milhares de pessoas andavam pra todos os lados.

Já de cara um dos meus primeiros pensamentos ao ver aquele tanto de gente e ouvir tantos gritos foi: “Nossa, que confusão, o que que eu estou fazendo aqui?” mas isso só durou um segundo, pois logo eu disse pra mim mesma: “A Kiera, você veio ver a Kiera!”. Não precisa nem dizer que eu desisti da ideia de andar pelos stands, mal conseguia dar um passo na frente do outro. Então eu decidi procurar a minha amiga que já estava lá desde 7h40 (e mesmo assim também não conseguiu a senha para o autógrafo) o celular não funcionava direito e a internet muito menos, mas depois de alguns minutos me sentindo totalmente confusa e perdida naquele lugar eu consegui falar com ela e fui para o local onde ia ser a conversa.

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Os próximos obstáculos eram os seguranças, que só deixavam algumas pessoas entrarem de cada vez e, mesmo assim, de maneira muito desorganizada, você tinha que se espremer (e eu digo se espremer muito mesmo) para conseguir chegar lá na frente e passar por eles.

Não existia fila! Só um aglomerado de pessoas se espremendo para tentar entrar no local, minha amiga já estava lá dentro pois ela tinha visto o bate-papo da Cassandra Clare e guardou um lugar bem de frente para o palco, então eu pensei, bom, se só tem essa maneira de entrar vamos lá, né.. vale a pena pra ver a Kiera…. Então lá fui eu, sorte que quando você é uma pessoa só é mais fácil ir entrando no meio do povo, logo, algumas espremidas depois já tinha chegado a minha vez de ficar em frente aos seguranças e finalmente conseguir entrar.

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Todo o esforço valeu a pena quando algumas horas depois a Kiera estava bem na nossa frente! Ela chegou sorrindo e andando por todo palco, acenando para todos os fãs, com cara de espantada, como se ela que estivesse lá para ver sua autora favorita, ela também cobria os ouvidos e ri à toa, o volume dos gritos estava realmente muito alto, semelhante ao que você ouviria em um show do One Direction, por exemplo (que por acaso é a banda favorita da Kiera!). A primeira frase que ela disse ao microfone foi: “You`re going to break my ears”(“Vocês vão quebrar as minhas orelhas”) muito fofa e brincalhona ela.

 

 

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Kiera começou falando sobre como começou a escrever e sobre a tão esperada continuação da série “A Seleção”. Ela vai escrever mais dois livros, o quarto se chamará “The Heir” (“O Herdeiro”) e será escrito de acordo com a perspectiva de outro personagem.

Provavelmente vai ser sobre o filho que os personagens America e Maxon vão ter, depois de dois anos casados, de acordo com o epílogo que a autora lançou recentemente nesse site (http://www.unlockmoreselection.com/) Ela também falou (tanto na Bienal, quanto no vídeo que está nesse site) sobre os novos contos que ela está escrevendo e vai lançar ainda esse ano. Eles são chamados “The Queen” (“A Rainha”) e “The Favorite” (“A favorita”) e serão sobre a seleção da Rainha Amberly, mãe do Maxon, sob a visão da própria e o outro sobre a seleção em que América participa, mas dessa vez na visão de Marlee, sua melhor amiga dentro do palácio.

 


 

Ela também contou o final original que tinha escrito para a série, que não foi novidade para quem segue a autora no Twitter, ela dividiu isso com a gente esse final em uma twitcam fez recentemente. Mas para quem não viu eu vou te contar o que ela disse.

O final original da série (que também originalmente era uma trilogia mas que agora virou uma série de 5 livros, a serem lançados em 2015 e 2016) era que Rei Clarkson morria, assim como Maxon, a Rainha Amberly adotaria a América, pois ela sempre gostou dela como filha e sempre quis ter uma, e Aspen e América virariam rei e rainha. A explicação da Kiera para essa mudança tão drástica do final do terceiro livro foi que chegou um momento em que ela percebeu que estava colocando palavras na boca da América, e que as escolhas que ela estava fazendo não eram as mesmas que ela (Kiera) imaginava que faria, essencialmente a personagem mudou ao longo dos livros e, com isso, suas escolhas e seu modo de pensar também, assim ela escolheu o Maxon, e por isso Kiera teve que mudar a história.

Ela também falou sobre um novo livro que está escrevendo, que se passará no mesmo local que “A Seleção”, porém vai falar sobre crianças que são treinadas em academias para serem os companheiros perfeitos. Depois elas são vendidas para famílias ricas até que um romance proibido acontece.

O que mais me impressionou na Kiera foi o amor dela com os fãs, teve uma hora que a plateia poderia fazer perguntas no microfone, e a primeira pessoa que teve essa oportunidade pediu para dar um abraço nela, pois não tinha conseguido a senha para o autógrafo. A Kiera disse que sim e logo se levantou, nessa hora eu pensei que a menina ia subir no palco, mas não… a própria Kiera desceu, e no meio daquela multidão de pessoas foi abraçar a menina, aproveitou para tirar algumas fotos e assinar livros. O lugar quase veio abaixo quando ela fez isso, eu mesma fiquei de boca aberta, não estava acreditando, o vídeo abaixo mostra um pouco de como foi esse momento, foi uma loucura, mas felizmente a Kiera conseguiu voltar ao palco inteira! E como se não bastasse ela ter ido de um lado ela acabou descendo também do outro, quando uma outra pessoa pediu pra ela descer de novo.

 

 

 

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Depois disso vieram muitos pedidos parecidos, muitas declarações de amor e muita choradeira no microfone, porém ela respondeu uma ou outra pergunta interessante, das quais “Por que você matou a Celeste?”, ao que ela respondeu: “eu não matei ninguém, quem matou foram os rebeldes”; e se ela era Team Maxon ou Aspen (até deram uma blusa escrito #TeamMaxon, que ela adorou e até postou uma foto no seu Twitter usando a camisa). Ela respondeu que ambos foram inspirados no marido dela, as características dos dois ela encontra nele, por isso nunca conseguiria escolher entre um e outro. (Eu sou super #TeamAspen!! Mas o Maxon é legal também)

 

 

 

Pelo Facebook, a Kiera comentou sobre o momento que desceu do palco “It was a little scary. Not gonna lie” (Isso foi realmente um pouco assustador. Não vou mentir.)

Mais de 2 mil pessoas foram à Bienal nesse dia só para ver a Kiera, e apesar de toda a confusão não me arrependo por um segundo de ter ido vê-la… Eu acredito que ainda vou conhecê-la pessoalmente em alguma outra oportunidade, assim espero, e é claro que voltarei aqui pra contar tudo para vocês!

Fiz vários vídeos, lembrem-se que o lugar era aberto e, além dos gritos ao meu redor, às vezes era difícil focar a câmera ou filmar a Kiera pois as pessoas levantam e começavam a pular, eu subi no pufe algumas vezes e a filmei pelo telão em outras, mas dá pra ter uma boa ideia de como foi, e dá pra ouvi-la falando sobre várias coisas legais.

Enjoy!! Deus abençoe vocês!
Gabi Porcaro

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