Frente a frente com Glenn Close – a grande diva do entretenimento

A primeira vez que vi Glenn Close, pessoalmente, foi na montagem do espetáculo “Sunset Boulevard”, na Broadway, nos anos 90. Nem preciso dizer que foi uma das atuações mais marcantes que eu já vi no teatro, e rendeu à atriz um Tony Awards (o “Oscar” da Broadway).

Aliás, Glenn faz parte de um seleto grupo de atores que já ganharam Golden Globes, Sag Awards (o prêmio do Sindicato dos Atores em Hollywood), Critic’s Awards, Emmy, Tony, mas ainda não levou para casa a estatueta de ouro do cinema. Hoje ela é a atriz que mais vezes foi indicada ao Oscar, mas nunca ganhou, fato que torço (e acho) para que mude no dia 24 de fevereiro, quando a cerimônia vai ao ar este ano.

Nos 10 anos que trabalho na indústria do entretenimento nos EUA, eu já fiquei frente a frente com muita gente famosa, mas Glenn não é celebridade, ela é uma verdadeira lenda viva. Conhecida por muitos pela sua performance em “Atração Fatal”, Glenn Close interpretou personagens épicos ao longo de sua carreira e é uma das atrizes mais celebradas, não só pelo seu talento, como pela forma íntegra e discreta que navega por essa indústria repleta de vaidosos e oportunistas.

Talvez porque, como ela mesma confessou no Q&A, depois de uma sessão privada de seu novo filme “A Esposa”, que está lhe rendendo vários prêmios, e pelo qual eu espero que ela, finalmente, ganhe o Oscar, Glenn é tímida. Por isso, prefere ficar longe do “spotlight” quando não está dando vida a uma das suas personagens.

Mas a atriz admite que está feliz promovendo “A Esposa”, um dos seus projetos do coração, que demorou 14 anos para ser produzido. Ela esperou 5 anos e confessa que valeu a pena, pois sua experiência ao trabalhar tanto com o diretor sueco Bjorn Runge, como com seu parceiro de cena Jonathan Pryce, que interpreta seu marido no filme, foi única, segundo a própria atriz. Além disso, ela teve a oportunidade de compartilhar essa personagem com sua filha, Annie Starke, que interpreta a mesma personagem mais jovem. Como Glenn contou no nosso bate-papo, ela ficou super orgulhosa da atuação de Annie, mas fez questão de não estar no set enquanto eles rodavam as suas cenas, ela quis dar à filha o espaço que ela precisava para encontrar Joan dentro dela. E o resultado, não só a mãe orgulhosa aplaudiu de pé, mas todos que assistiram ao filme concordaram que “filha de peixe peixinha é”. Annie arrasou também no papel!

 

 

“A Esposa” estreou no Brasil no começo de janeiro e eu aconselho a todos a assistirem mais este show de interpretação dessa verdadeira diva do entretenimento que, pessoalmente, pode ser tímida, mas é simpática, tem um riso solto e muito carisma, especialmente quando fala do seu amor pelos projetos que escolhe a dedo e pela arte de representar.

Se eu já era fã de Glenn antes, agora estou fazendo campanha para ela levar a estatueta, até porque os seus discursos no Golden Globes e no Critic’s Awards já foram inspiradores. Ela é uma uma artista de verdade, que nos presenteia com personagens fortes marcantes, inspirando a vida dos cinéfilos apaixonados pelas estórias que conta com tanta maestria.

Por isso tudo e muito mais, o Oscar 2019 do Hollywood é Aqui, na categoria melhor atriz, já vai para ela, assim como esse fã de carteirinha pra lá de especial!

 

Data de lançamento: 10 de janeiro de 2019 (1h41min)
Direção: Björn Runge
Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Max Irons
Gêneros: Drama, Suspense
Nacionalidades: Suécia, EUA

 

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 Joan Castleman (Glenn Close) é casada com um homem controlador e que não sabe como cuidar de si mesmo ou de outra pessoa. Ele é um escritor e está prestes a receber um Prêmio Nobel de literatura. Joan, que passou 40 anos ignorando seus talentos literários para valorizar a carreira do marido, decide abandoná-lo. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-251830/
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