Por: Claudia Ciuffo
Hollywood é a capital do cinema, mas nada como estar em Los Angeles nos meses de verão (junho a setembro) para aproveitar as oportunidades que a cidade oferece para os que curtem uma forma alternativa de assistir clássicos da telona.
Um dos nossos tradicionais programas é o cinema no cemitério. Mas este ano fomos conferir como é passar a noite assistindo 3 filmes no Hollywood Cemetery, o mais tradicional da cidade onde varias celebridades, incluindo o famoso diretor Alfred Hitchcock descansam em paz.
Foi uma experiência divertida, além do piquenique, levamos cobertores e cadeirinhas. Mas aprendemos com nossos vizinhos de gramado, que o ideal mesmo é levar um colchão de casal inflável, travesseiros e um bom edredon. Além de ser mais confortável para passar a noite lá, ajuda a aquecer, pois a temperatura na madrugada cai drasticamente no cemitério. Nada assustador eu garanto. Muito pelo contrário, tem DJ, barraquinhas pra comprar comidinhas e bebidinhas, inclusive chocolate quente, sem contar com os filmes que são as verdadeiras estrelas da noite. Valeu a pena a aventura que começou às 19h e foi ate às 4h20 da manhã, por um preço bem razoável, US$ 20 (R$ 60). Vimos 3 filmes fantásticos, sendo o destaque para os irmãos Cohen: ‘The Big Lebowski”! Foi uma forma diferente de curtir um dos nossos programas favoritos no verão.
Estivemos pela primeira vez no cinema club no centro da cidade, onde assistimos novamente meu filme predileto do diretor David Lynch, Mulholland Drive. O conceito deles é interessante. O filme se passa na área de lazer de um condomínio de luxo. Assistimos sentados em confortáveis cadeiras com um fone de ouvido, ou seja, não ouvimos nenhum barulho que está ao nosso redor e você controla o próprio volume. A pipoca é de graça e você pode comprar bebida no local ou comprar um ingresso que já incluia 2 bebidas, como fizemos. Os ingressos custam entre US$ 19 (R$ 60), só para o filme, ou US$ 35 (R$ 75) com os drinks.
Eu que sempre reclamo de barulho no cinema, adorei a opção dos fones de ouvido. Vou muito repetir a dose no próximo verão!
Para fechar com chave de ouro a forma de alternativa de assistir filmes épicos, nada melhor do que relembrar os meus tempos de infância na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, e ir a um drive-in. Não fazia isso desde o início dos anos 90, quando o drive-in da Lagoa fechou pra sempre. Foi uma experiência mais que hilária assistir “Quem Vai Ficar Com Mary” dentro do carro. No meu tempo no Brasil, a caixa de som ficava do lado de fora, mas aqui nos EUA sintonizamos numa determinada estação de rádio, informada quando chegamos ao drive-In, e ouvimos o filme, enquanto saboreamos o piquenique que levamos no carro.
É mais confortável do que parece inicialmente e, apesar do local ser no subúrbio da cidade, mais ou menos meia hora sem transito de Beverly Hills, é um programa imperdível. O preço é simpático, US$ 16 (R$ 42) e, pra aqueles que como eu já assistiram tantos drive-ins em filmes e séries, vão se sentir o próprio protagonista da história.