“Entre Irmãs é um épico feminino e intimista.” – Breno Silveira
Convite pra lá de especial aos amigos brasileiros que moram ou estão visitando Los Angeles e a todos os outros, de qualquer nacionalidade, que curtem um filme brasileiro épico.
Amanhã, dia 30 de maio, “Entre Irmãs” será exibido GRATUITAMENTE no James Bridge Theatre, na UCLA, como parte da programação do “Brazilian Films Series”. O projeto, lançado em 2007, é realizado mensalmente com o objetivo promover o cinema brasileiro. Coordenado e patrocinado pelo Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles e pelo “Latin American Institute”, da Universidade da Califórnia.
Saiba mais sobre a estória e veja porque é um programão imperdível na Cidade dos Anjos.
“Entre Irmãs”, estrelado pelas poderosas Marjorie Estiano (Emília) e Nanda Costa (Luzia), entre outras feras, foi dirigido e produzido por Breno Silveira e com produção executiva do meu amigo Gustavo Baldoni, Leonardo M Barros, Maria Amélia Teixeira e Renata Brandão.
Luzia: Para mim você sempre foi perfeita, uma princesa…
Emília: Mas foi você que encontrou o príncipe…
No filme, Emília, é a jovem que sonha com um príncipe encantado e em se mudar para a capital enquanto a corajosa Luzia faz a opção de seguir um violento grupo de cangaceiros. Criadas para serem costureiras, essas mulheres tecerão suas próprias histórias em cenário francamente adverso à afirmação feminina. Apesar de lutas, conquistas e derrocadas, as duas irmãs separadas pela distância e pelas escolhas, sempre cultivaram uma mesma certeza: sabiam que só podiam contar uma com a outra.
Trailer:
Como idealizador do projeto, o diretor Breno Silveira, volta ao Nordeste, desta vez com duas mulheres como protagonistas: “nosso maior desejo foi contar esse épico regional totalmente contemporâneo através da emoção das personagens”, diz o diretor.
Seis semanas de preparação foram utilizadas para criar os mundos paralelos das duas irmãs – o sertão e Recife dos anos 30. As filmagens contaram com uma equipe de 90 técnicos e foram realizadas em outubro e novembro de 2016, ao longo de sete semanas, cinco em Piranhas (interior de Alagoas) e duas em Olinda e Recife (Pernambuco). Mais de 2000 figurantes participaram da produção, que inclui grandes cenas de batalha e campos de refugiados no sertão.
Em entrevista, o produtor Gustavo Baldoni conta mais sobre os desafios da produção do filme e como foi trabalhar com o diretor Breno Silveira.
Como você recebeu o projeto de produzir “Entre Irmãs”? Quando Breno me falou sobre o projeto, li a história e fiquei na expectativa, até que ele me disse ‘vamos fazer juntos’. Foi um grande desafio e também um presente. Eu já havia feito uma série de época mas não um épico. Quanto tempo foi usado na preparação? E quais os principais dados da produção? Preparamos o filme ao longo de seis semanas e filmamos sete: cinco semanas em Piranhas, no Alagoas, onde foram rodadas todas as cenas do sertão, e duas semanas em Olinda e Recife. Para a escolha do elenco contamos com pesquisa da produtora de elenco Cibele Santa Cruz. O filme chegou a contar com 2000 figurantes – selecionados através de uma pesquisa local na região de Piranhas e também de uma agência de figuração de Recife. Tivemos mais de três mil trocas de roupas, sem falar em 50 armas (verdadeiras e cenográficas) e 20 cavalos. As filmagens envolveram muita gente – só na equipe, éramos de 80 a 90 pessoas. Qual era a sua maior preocupação? Nossa maior preocupação era a chuva. Não podia chover por um motivo que demonstra o cuidado e o apuro do Breno: ele queria a vegetação bem seca, e havia o medo de que, com a chuva, a vegetação florasse e ficasse verde. Choveu diversas vezes mas, felizmente, nada que comprometesse as filmagens. Quais as cenas mais complexas e trabalhosas rodadas no sertão? No sertão, entre as cenas mais trabalhosas, estava a criação do campo dos refugiados – um cenário com cerca de 40 barracas, criadas pelo diretor de arte e sua equipe. Outras cenas muito difíceis: a do incêndio na estrada, e o deslocamento para Buique (cânion que fica a três horas de Piranhas, já na região de Pernambuco). Para driblarmos o calor no sertão, utilizamos muita água de coco e Pedialyte. Tínhamos também um caminhão pipa na hora do almoço para a equipe se molhar. Na cena da emboscada aos cangaceiros foi necessário um caminhão pipa para molhar as pedras sobre as quais o elenco se deitaria. A maior parte das locações ocorreu em terrenos privados e fazendas de grande porte. Contamos com o apoio das prefeituras e toda a população contribuiu no que pôde para nos ajudar. E como foi a produção em Recife e Olinda? Nas áreas urbanas, nosso desafio incluía fechamentos de ruas para o trânsito, muitos figurantes, carros de época e um rigoroso trabalho de finalização e de arte. Recriar o Carnaval foi uma dos maiores desafios, pois está num imaginário de uma grande sociedade Pernambucana. Foi lindo! Já havíamos feito uma série para FOX e eu já conhecia o nível de exigência do Breno. Mas como também sou muito exigente, isso fortalece o trabalho. Tenho muito orgulho desta nossa parceria. |
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