“Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia.” Alasca Young, “Quem é Você, Alasca?” – John Green
A frase inspiradora do mês de novembro foi dita por Alasca Young, num dos livros mais profundos que já li nos meus 46 anos de existência. “Quem é Você, Alasca?”, de John Green, marcou a minha vida de uma forma singular. As lições que aprendi com o livro não estão exatamente nas palavras ou na estória, mas no que está por trás de cada experiência compartilhada através de seus personagens. John ganhou um Pulitzer, o maior prêmio de literatura nos EUA, o “Oscar” dos livros, por este trabalho que, na verdade, escreveu quando enfrentava uma depressão profunda, como declarou posteriormente.
“Quem é Você, Alasca?” é um livro sincero demais, por isso, sei de muita gente que não gostou. Não é para todo mundo e nem para ler em qualquer momento. Como algumas lições que a vida dá, você deve estar preparado para conhecer Alasca Young e, ao invés de julgá-la ou criticá-la, tentar entendê-la.
O livro não tem capítulos, ele é contado através dos acontecimentos que marcam os dias antes e depois do clímax. Não derramei uma lágrima ao lê-lo e olha que, geralmente, sou manteiga derretida, mas foi forte demais para chorar, ele só me fez pensar. Fazem 4 anos que devorei “Quem é Você, Alasca?”. Lembro até hoje que estava sozinha na praia de Hermosa Beach, quando cheguei ao auge e, no mesmo dia, terminei de ler, enquanto admirava o pôr do sol (parecido com este da foto, também tirada em Hermosa Beach) e repensava a minha própria trajetória, que é bem diferente, mas ao mesmo tempo, se assemelha, não só a de Alasca, como a de Miles, o verdadeiro protagonista da estória.
Desde que o livro foi lançado, vários produtores já tentaram transformá-lo em filme, sem sucesso, até que, essa semana, o próprio John anunciou o elenco da minissérie, de 8 episódios, que será produzida por Josh Schwartz, criador de “The O.C.” e produtor de “Gossip Girl”, e transmitida na plataforma Hulu, a mesma de “The Handmaid’s Tale”. A novata Kristine Froseth interpretará Alasca, enquanto o brilhante ator Charlie Plummer, que tive o prazer de conhecer na estreia de seu filme “Lean on Pete”, será Miles.
A responsabilidade dos atores, produtores, diretores na série baseada num livro tão especial, para tanta gente, é grande. Mas eu acredito nos talentos envolvidos e mais ainda em John Green, que deu o sinal verde para o projeto. Enquanto aguardamos ansiosos o lançamento da minissérie, desejamos a todos um mês de novembro de paz e muitas realizações e, que mais que imaginar o futuro, todos tenham oportunidade de tomar as atitudes necessárias para transformar seus sonhos em realidade.
Feliz Novembro!
Com amor,
Claudinha
Aproveitem e confiram nosso encontro com Charlie Plummer no festival SXSW, em Austin, no Texas. Somos sortudos de ter conhecido o intérprete de Miles antes dele protagonizar a minissérie: