Por: Romário Marques
A primeira coisa que você precisa saber sobre o filme “Extraordinário” é que ele é realmente extraordinário. Totalmente fora do comum e com um enredo que emociona, faz rir, chorar e se identificar. Na sessão que assisti, todos aplaudiram e saíram muito satisfeitos. Fiquei feliz porque pra quem leu ou não o livro o filme se torna especial e inspirador.
Baseado, no best-seller homônimo de R.J. Palacio,o filme tem todos os elementos estrategicamente combinados para te fazer chorar. E quando você pensar que está tudo bem, chora de novo. No entanto, não é justo definir este filme como um drama melodramático. Entre uma lágrima e outra, essa narrativa sensível dirigida por Stephen Chbosky (“As Vantagens de Ser Invisível”), traz também a doçura e melancolia da infância – onde as crianças podem se identificar e muitos de nós adultos também.
Interpretado por Jacob Tremblay, conhecido pelo filme “O Quarto no Jack” em que apresentou uma atuação impecável, Jack protagoniza o personagem Auggie. É um personagem que queremos abraçar, brincar e estudar juntos e consolar para que não se sinta sozinho. O nome disso é empatia! Inteligente e mais maduro do que muitos da sua idade, o pequeno garoto nasceu com uma deformidade facial causa pela síndrome de Treacher Collins, uma condição genética que atinge principalmente os ossos do rosto.
O filme conta a história de um jovem que precisa se adaptar a seus primeiros dias de aula numa nova escola, após ter estudado em casa com sua mãe Isabel, incrivelmente interpretada pela incrível Julia Roberts. Auggie entrou para a turma do quinto ano e se tornou o aluno mais inteligente da sala.
Um verdadeiro melodrama com pitadas de comédias, que quebra um pouco do clima triste da produção e da um tom equilibrado para o espectador. Criando afeto e carinho entre mãe , pai Nate – interpretado por Owen Wilson -, a irmã Via – interpretado por Izabela Vidovic – e Auggie, a obra mostra como a família lida com os conflitos da diferença do jovem.
Enfrentando um novo mundo, Auggie se depara com um universo ao qual não está acostumado. É o momento onde o filme mostra como se trata o bullying dentro ou fora do ambiente estudantil e como as pessoas são diferentes. As piadas de Auggie nos faz rir e ficamos felizes quando ele faz novas amizades.
Sem dar muito spoiler, digo que vale a pena assistir o filme e principalmente ler o livro. Seja criança, adolescente ou adulto, super indico. Saí da sessão satisfeito, com sorriso no rosto e inspirado e ainda mais consciente de que o diferente é normal.
E ressalto também aos pais e mães a ficarem atentos às crianças e seus comportamentos e sentimentos em casa, e socialmente. As crianças costumam esconder seus sentimentos, angústias e pensamentos.
O filme está em cartaz desde o dia 7 de dezembro em todos os cinemas do Brasil. Corram para assistir!