“Seja Feliz, e se você não consegue ser Feliz, faça coisas que te deixem Feliz, ou simplesmente faça nada, com pessoas que te fazem feliz.” – Esther Grace Earl
Não conhecia Esther e não tinha ideia da relação dela com o escritor John Green até virar as primeiras páginas de “A Culpa é das Estrelas” para começar a ler em abril deste ano.
Ao ver que o livro foi dedicado à ela, fiquei curiosa e fui pesquisar no Google sobre Esther Earl. Não só assisti aos videos dela no Youtube (ótimos, por sinal), como soube que ela tinha partido dia 25 de agosto de 2010 (hoje fazem 4 anos), aos 16 anos em consequência de um câncer de tireoide. Neste dia, também soube que sua familia tinha publicado um livro sobre sua curta, mas fantástica, passagem pelo planeta Terra.
“A Estrela que nunca vai se apagar” (mesmo nome da fundação que seus pais abriram para arrecadar fundos para ajudar famílias de crianças e adolescentes com câncer) inclui trechos dos diários de Esther, seus desenhos (fantásticos!) depoimentos de amigos e familiares e alguns de seus textos (inacabados). Fã de Harry Potter e John Green, Esther era uma escritora nata.
Confesso que levei uns meses para ter coragem de começar a ler essa história, não pelo fato da doença de Esther e muito menos por pena, ou tristeza, mas eu tinha certeza que ia mexer profundamente com a minha alma. Só de vê-la no Youtube, pude sentir a força e o brilho daquela estrela e, embora com 42 anos de idade, não é fácil sabermos que vamos conhecer alguém que vai nos dar um “sacode” e nos fazer repensar alguns conceitos da nossa própria existência.
Fiz questão de seguir o mesmo ritual para começar a ler a história de Esther, que faço com John Green e outros dos meus autores favoritos, levei Esther para Pacific Palisades, sentei no banquinho da praça, que tem uma vista privilegiada do mar, e comecei a conhecer essa estrela, e felizmente descobri logo nas primeiras páginas que ela adora o oceano. Ponto pra nós! O pontapé inicial da nossa amizade foi feliz.
Chorei muito e várias vezes durante a leitura, em público ou em casa, Esther com a sua sinceridade, inteligência, talento e doçura mudou a vida de todos que tiveram o prazer de conhecê-la, no universo da internet (no qual fez muitos amigos e inspirou muita gente) e pessoalmente (ou melhor, como ela gostava de dizer: IRL,in real life) e como eu já tinha imaginado, Esther Earl,com sua fascinante personalidade, me deu um sacode e mudou a minha vida também.
Aliás, foi ela quem ensinou para John o conceito do “infinito” (que ficou mundialmente famoso nas vozes de Augustus e Hazel Grace), e o salvou na convenção de Harry Potter em 2009 (quando se conheceram IRL), quando um amigo insistiu para que ele fosse dançar na pista com os outros fãs, ele avistou Esther sentada numa mesa próxima e disse que precisava conversar com ela, escapando assim de “pagar um super mico”, como o próprio John contou na introdução que escreveu para “A Estrela que nunca vai se apagar”, e ele afirma que essa foi primeira das muitas vezes que Esther o salvou (e continua salvando!).
Acho que o mundo tem que agradecer a Wayne e Lori Earl, pais de Esther e autores do livro, seus irmãos (Abby, Angie, Graham e Abraham) e aos integrantes do Catitute (também conhecidos como BFFs de Esther), por terem compartilhado com tanta verdade e num momento tão difícil para eles essa história com o mundo. Dando a possibilidade de pessoas como eu serem beneficiadas por essa experiência de luta, dor e acima de tudo muito, mas muito amor.
Ta aí, “A Estrela que nunca vai se apagar” é uma das histórias de amor mais belas que já li em toda a minha vida, o que faz jus à dedicatória do livro: “para aqueles que aproveitam a vida ao máximo e amam profundamente, sem se importar com os obstáculos ou a duração da sua jornada!”. Este livro pode ser para você também. Vale a pena conhecer Esther Earl, é uma experiência reveladora e transformadora.
Canal de ESTHER no YOUTUBE:
https://www.youtube.com/user/cookie4monster4
Mais sobre a fundação: A Estrela não Vai Se Apagar: