Entrevista com Jennifer Morrison: Em foco o câncer de mama

Por: Luana Mattos

Câncer de mama é um assunto bastante delicado para mim; duas das minhas tias foram diagnosticadas com esse tipo de câncer. Uma delas morreu um ano depois que o câncer voltou e atingiu seus ossos, e a outra ainda está lutando contra o câncer. Então, eu não posso fechar os meus olhos e cruzar os meus braços para essa doença que, não apenas é a segunda principal causa de morte entre as mulheres, mas também cujas estimativas cresceram alarmantemente nas últimas décadas.

No ano passado Angelina Jolie chocou o mundo quando fez uma dupla mastectomia, o que seria a última opção de qualquer mulher, foi a resposta imediata de Angelina diante da possibilidade da doença. Câncer de mama não vê raça, gênero, idade ou classe social, ele só vê uma saída: precaução e auto exame!

Mas Angelina não foi a primeira celebridade a chamar nossa atenção para esse assunto tão importante, o filme FIVE dirigido por Jennifer Aniston, Patty Jenkins, Alicia Keys, Demi Moore e Penelope Spheeris explora o impacto do câncer de mama na vida das pessoas de todos os ângulos e nos lembra que quando detectado cedo e com tratamento certo as chances de sobrevivência são maiores.

Para discutir sobre o assunto e falar de suas experiências no set de “FIVE”, trouxemos uma entrevista com Jennifer Morrison (“Once Upon a Time”), que gentilmente aceitou meu convite para falar do assunto.

Saiba tudo sobre o projeto “Five”:

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Um agradecimento especial à irmã da Jennifer, Júlia Morrison, que nos ajudou na produção desta entrevista.

L.M: O que te inspirou a fazer parte desse filme? Alguém próximo a você já passou por isso? Se sim, como foi?

J.M: Quando uma oportunidade de fazer o que eu amo está associada a uma boa causa, dizer “sim” é uma escolha óbvia. Minha família já foi tocada pelo câncer, não câncer de mama, mas câncer. Isso é sempre uma palavra assustadora. Cada diagnóstico parece ter um mistério diferente. Infelizmente, esse mistério sempre inclui uma quantidade enorme de medo e muitas vezes de resistência a dor. Eu tenho vários amigos que assistiram suas mães lutarem contra o câncer de mama e a espera e a dúvida cria uma energia de medo que é densamente palpável.

L.M: Seu personagem viveu em um tempo diferente na história, onde esse tópico não tinha muita conscientização e basicamente nenhuma chance de sobrevivência. Mas hoje, mesmo com toda a informação e recurso que temos as ocorrências do câncer de mama tem crescido, o que você acredita que nós podemos fazer para aumentar a conscientização dessa doença?

J.M: Percorremos um longo caminho desde os tempos em que o meu personagem em “FIVE”enfrentava o câncer de mama de sua irmã. Então, muitas vezes agora o câncer de mama é tratável e há chances de sobrevivência. Eu acredito, no entanto, que o objetivo final é que o câncer de mama seja 100% curável. A ciência está se movendo na direção de verdadeiramente isolar o problema e encontrar a cura. Meu parceiro de produção, Andrew Carlberg, fez uma parceria com Fran Visco do National Breast Cancer Coalition, essa coligação lançou recentemente a sua missão de curar o câncer de mama até 2020 (http://breastcancerdeadline2020.org). Eles estão fazendo grandes avanços na busca de uma cura.

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L.M: Após cada um dos cinco contos, eu estava rindo, chorando ou ambos. Todos eles foram muito comoventes e inspiradores. Como era o clima no set? Como foi trabalhar cercada por um elenco e uma equipe de mulheres poderosas?

J.M: Cada curta-metragem foi filmado separadamente. Eu estava apenas em torno do elenco do meu segmento e da diretora Demi Moore. Demi tem uma presença poderosa e positiva. Ela é doce e forte. Direta e vulnerável. Eu sinto que é importante lembrar que as mulheres poderosas são uma bela combinação de força, inteligência e vulnerabilidade. Marta Kauffman e Paula Wagner, que são duas das produtoras executivas, também são exemplos desse tipo de mulher. Estar rodeado de mulheres que eu respeito e admiro definitivamente me atraiu para o projeto também. O tom no set era muito sério. Todos podiam sentir que estávamos criando algo que tinha uma mensagem importante e todo mundo queria ter certeza de que estava fazendo seu melhor para que desse certo.

jeniffer_morisson2L.M: Você teve a chance de conhecer sobreviventes do câncer ou parentes de pessoas que lutaram contra a doença no set? Se sim, quão inspirador foi ouvir as histórias deles?

J.M: Como eu mencionei vários dos meus amigos ajudaram suas mães a enfrentar o câncer de mama. Essa é uma doença que mesmo quando vencida deixa uma marca permanente tanto na vitima como na família inteira. O medo e a dor que enfrentam juntos é uma cicatriz que nunca cura completamente. Uma querida amiga minha, Amie Satchu comanda uma organização chamada Living Beauties (http://livingbeauty.org). Eles focam na qualidade de vida dos pacientes com câncer de mama. Eles têm retiros onde as mulheres podem se conectar com outras pacientes e entrar em um aconselhamento profundo sobre como ter a melhor qualidade de vida possível enquanto se luta contra o câncer. Muitas vezes mulheres que são mães solteiras tentam combater a doença e continuar cuidando dos seus filhos e com mais frequência que queremos pensar, elas perdem seus empregos porque não podem continuar trabalhando e não conseguem pagar pelo tratamento adequado. Living Beauties ajuda essas mulheres a encontrar soluções alternativas, planos de pagamento, e espírito mutuo para ajudá-las a passar por essa luta.

L.M: Jen, você gostaria de deixar uma mensagem para os seus fãs brasileiros?

J.M: Muito obrigada a todos os meus apaixonados e maravilhosos fãs brasileiros. Sou grata por vocês todos os dias! Espero que continuem a apreciar os personagens que eu interpreto nas telas. Obrigada por todo seu amor e apoio!

3 comentários sobre “Entrevista com Jennifer Morrison: Em foco o câncer de mama

  1. Não conhecia esse projeto da JMo, a admiro muito por Once Upon a Time, com certeza assistirei a esse filme. Se tem uma coisa que me deixa triste, é o câncer, já que são as próprias mutações das células do corpo que o causa (dentre outros fatores). Espero muito que a ciência consiga evoluir um pouquinho mais para tratar essa doença, porque não aguentamos mais perder entes queridos para esse mal.

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