“Unreal” foi uma das séries mais aclamadas pela crítica e uma das grandes surpresas para o público em 2015, e a segunda temporada que estreou no canal Lifetime, ontem nos EUA, também fez a peruca voar e promete que vai abalar. A série mostra os bastidores de gravação de um reality show, onde um solteiro pretende encontrar sua futura esposa, e qualquer semelhança com “The Bachelor” não é mera coincidência. A criadora de “Unreal”, Sarah Gertrudes Shapiro, trabalhou por alguns anos na produção do mais famoso reality “dating” show do mundo e, depois de quase ter uma síncope, resolveu compartilhar os detalhes da sua experiência em “Unreal”, que rapidamente ganhou o respeito dos críticos e o coração do público.
Eu fiz uma maratona e terminei a primeira temporada em 3 dias. A série, que no Brasil também foi ao ar no Canal Lifetime, é divertida, emocionante, e mostra que não há limites de manipulação dos participantes de um reality show para conquistar o primeiro lugar de audiência. Protagonizada pelas belas Constance Zimmer, no papel da toda poderosa produtora executiva “Quinn” e por Shiri Appleby, coordenadora de produção, que no piloto retorna ao set de gravações depois de ter um ataque de nervos, no season finale de “Everlasting” (“Para Sempre” – o reality show produzido dentro da séerie). “Unreal” mostra a realidade dos bastidores da maioria dos “realities”, com um ótimo roteiro, excelentes performances e uma produção caprichada.
Estive com o elenco, com Sarah, a criadora, e os produtores executivos da série no último sábado em Hollywood. Foi uma apresentação para os membros da Academia de Televisão em busca de uma nomeação para o Emmy Awards, o Oscar da TV. Depois de assistirmos novamente o piloto, rolou um bate-papo pra laá de descontraído.
Enquanto Quinn no seriado não mede esforços para fazer as maldades e usar o ponto fraco das concorrentes do reality para conseguir as cenas dramáticas do seu show, sua intérprete Constance, é hilária e não poupa energia para fazer a plateia gargalhar. Ela e sua co-star Shiri são próximas na vida real, mas como diz Constance: “nossa relação é muito mais saudável do que de Quinn e Rachel, acreditem em mim, pessoal, a gente é legal.”
E as duas são mesmo uma simpatia. Assim como Sarah, que conta com orgulho que recebeu críticas dos produtores da serie “The Bachelor”, o que para ela foi uma honra: “é sinal que eles estão assistindo ao nosso show, né?”
De fato “Unreal” é imperdível! E eu que conheço bem o que acontece por trás das câmeras posso afirmar que exageros à parte, tem muito mais realidade nesta série que na verdade mostra a produção de um reality show, do que no próprio reality show que assistimos na TV. Shiri, que dirigiu um dos episódios, diz que este realismo não vem só de um script bem escrito e da experiência de Sarah no “The Bachelor”, mas da própria maneira como a série é gravada: “temos muitas câmeras no set e estão todas ligadas sempre. A equipe de “Unreal” também aparece como parte da equipe de “Everlasting” (“Para Sempre”) é uma loucura, eu nunca tinha trabalhado num projeto assim e é este dinamismo que faz o show ainda mais interessante.”
Depois do agradável Q&A ainda fomos premiados com um coquetel delicioso oferecido pela Lifetime no Teatro Harmony Gold em LA. E a realidade é que eu estou torcendo para que “Unreal” seja indicada ao Emmy (inclusive Constance e Shiri também merecem uma indicação na categoria melhor atriz drama), pois é uma série que entretem e ensina um pouco sobre o mundo do entretenimento tanto para quem é fã de reality show, que não vai se decepcionar, mas vai entender melhor o processo, quando para quem tem pavor de reality, mas vai se encantar e se divertir ao acompanhar as loucuras que rolam nos bastidores destes shows. Indico e garanto: é viciante!
Saiba mais sobre “Unreal”:
http://meulifetime.com/search/node/unreal
Onde assistir a série no Brasil:
http://meulifetime.com/content/onde-assistir
