Muita gente me perguntou como é o processo para votar quando moramos no exterior.
O primeiro passo é transferir seu título de eleitor, que hoje em dia ficou mais fácil pois a solicitação pode ser feita pela internet. Abaixo tem um link que explica os detalhes.
Na época que pedi a minha transferência, ainda tinha que ser, pessoalmente, no consulado brasileiro; como estava residindo em Nova York, passei a votar lá.
É importante ressaltar que você tem que ter um comprovante de residência, não pode estar no país só a turismo ou em viagem temporária de trabalho, nestes casos, você tem que justificar, o que pode ser feito pelo aplicativo e- Título. (Se não baixou o e-Título nessa eleição, veja o o link abaixo, para você fazer isso antes da próxima. É bem fácil e pratico).
Outra curiosidade é que no exterior só votamos para presidente da república, na eleição que, fora do país, é organizada pelo Itamaraty, que coordena as embaixadas e consulados pelo mundo afora.
Em Nova York, votamos em uma escola, em uma urna eletrônica, exatamente como é no Brasil. Mas, em algumas cidades nos EUA, a votação acontece dentro do próprio consulado (ou embaixada) brasileiro, como é em Los Angeles. Isso vai depender do número de pessoas registradas para votar naquela determinada cidade/país. No lado leste dos EUA (onde ficam NY, Boston, Miami) residem muito mais brasileiros do que na Califórnia, por isso o consulado não daria conta e a votação teve que ser marcada em um espaço maior.
Eu moro há 13 anos no exterior, mas nasci, cresci e ainda tenho renda, consequentemente pago impostos no Brasil. Acho importantíssimo exercer a minha cidadania e farei isso sempre. Nosso voto e nossa participação no exercício da democracia faz toda a diferença, ainda mais considerando um país que viveu a ditadura militar e onde seu povo ficou 20 anos sem votar. Então, mesmo enfrentando uma longa fila, (um pouco mais de 1 hora), fiquei feliz em apertar o número, que corresponde aos anos que estou nos EUA, e colocar meu coração vermelho pra votar.
Que venha o segundo turno e lá estaremos contribuindo para a derrocada de um ser inominável, machista, homofóbico, escravista que precisa deixar o Planalto Central, para que o povo brasileiro tenha uma chance de voltar a sonhar, depois desse últimos quatro anos de um eterno pesadelo.
Pra encerrar com esperança, um vídeo que mostra a vibe de nós, vermelhos, celebrando a nossa resistência em um bar chamado Beija Flor, em Astoria, um cantinho do Brasil no Queens, NY. Que a próxima seja a comemoração da vitória!
Aplicativo e-Título:
Eleitor no exterior: