Por: Luana Mattos
O Universo Cinematográfico da Marvel – MCU está em alta, porém não são todos os que gostam do gênero e a narrativa da saga do herói, enquanto alguns enxergam apenas “mais do mesmo” nas produções da Marvel, preciso admitir que a intitulada “Fase 4” tem me surpreendido.
Primeiramente, temos “WandaVision” com 23 indicações ao Emmy, depois temos “Loki”, que em vários aspectos nos faz lembrar da famosa série “Doctor Who”, e o mais recente lançamento “Doutor Estranho no multiverso da loucura” não ficou para trás.
Indo mais além, o filme traz uma reflexão importante para os filósofos de plantão, compartilho com vocês uma breve reflexão após assistir ao filme na semana passada.
Eu poderia falar sobre os incríveis efeitos especiais e gráficos deste filme, poderia até falar sobre a leve tontura que eu senti ao ver os personagens se movendo rápido demais na tela, mas no final do “Doutor Estranho no multiverso da loucura” foi uma coisa que me chamou a atenção, o ponto de interrogação constante na história de todo mundo, “Você está feliz?”.
Esta pergunta não é nova para nós, na verdade, deve ser a pergunta mais importante de nossas vidas, por que qual é o sentido de tudo o que fazemos se isso não nos faz sentir felizes? (E neste caso, vemos as personagens mais poderosas do universo se sentirem impotentes diante deste questionamento).
E não estou falando de “final feliz” ou daquele sentimento de realização quando tudo parece ter dado certo, estou falando de “jornada feliz”, o sentimento de alegria e contentamento durante a busca, antes mesmo de você ver a luz no fim do túnel.
Esse tipo de alegria não é fácil de obter se você olhar para o quadro inteiro – que deve parecer uma bagunça neste momento, mas se você olhar para as peças que já começam a tomar forma, deve pelo menos sentir-se grato. Mas vamos voltar ao filme para ver o que mais ele nos diz sobre isso.
A ideia de multiversos pode ser bastante difícil para nós entendermos, como o que acontece em um universo afeta o outro e assim por diante, talvez você possa pensar que é ficção científica demais para fazer algum sentido, mas se você pensar em universos como as várias esferas de sua vida, pode ser mais fácil de entender.
Neste filme, o Doutor Estranho viaja por diferentes universos com uma missão a cumprir, uma missão altruísta: salvar a vida de América Chavez, uma jovem cujo poder é viajar entre universos. Esse poder pode parecer inútil para a América, mas é muito importante para Wanda Maximoff – intitulada como a vilã deste filme, pois como sabemos
ela sacrificou sua família no final da série “WandaVision”.
Agora Wanda quer se reunir com seus filhos, que parecem ainda estar vivos em múltiplos universos, exceto no dela. Mas o que parecia uma viagem entre universos era na verdade uma viagem dentro deles mesmos. Para salvar o dia, o Dr. Stephen Strange teve que enfrentar algumas verdades sobre si mesmo e o fato de que ele não estava feliz em nenhum dos outros universos também.
Isso vale para nós, se uma esfera específica de nossas vidas não for bem, as outras também falharão. Independentemente do universo que você está navegando agora, uma coisa é clara: existe um universo (esfera) principal cujas ações têm um peso diferente e mais poderoso.
No filme, esse universo é a Terra, o lugar onde não podemos controlar a morte, nem o que as pessoas sentem ou pensam sobre nós, e aparentemente o único universo onde você tem que pagar pela comida [risos].
Este, também parece ser o único universo que realmente importa e, portanto, ser feliz nele é muito importante, para os personagens principais deste filme não houve final feliz desta vez, mas espero que nós possamos encontrar um lado positivo em nossas vidas que nos fará sentir um pouco felizes quando a escuridão aparecer.
“Meu nome é Luana Mattos, sou gaúcha, cristã, apaixonada por jornalismo e idiomas. Descobri nas palavras meu refúgio e, além disso, descobri que elas podem mudar o mundo!”
@luanatmattos
SENSACIONAL!!