Por: Luana Mattos
Como resumir em uma matéria o conteúdo de uma série que existe desde 1963? Praticamente impossível, mas o fato de esta série existir até hoje significa que vale a pena conversar sobre ela, então vamos lá!
Primeiramente, gostaria de dizer que o gênero ficção científica não é a minha praia e que eu, provavelmente, nunca teria visto a série se a mesma não tivesse sido indicada por uma amiga, lê-se Bruna Greco, que tem muito bom gosto para séries, então dei um voto de confiança e embarquei na TARDIS (Time And Relative Dimension In Space) rumo a uma maratona de “Doctor Who”. Como a série já tinha anos de estrada, por sugestão da Bruna eu comecei pela 5ª temporada (Eu sei que perdi o David Tennant como Doctor, mas não me julguem!) onde o Doctor acabara de se regenerar e a série ganhou um novo seguimento, então se vocês estão procurando por uma matéria que vai tirar todas as suas dúvidas sobre os mistérios e personagens da série eu sugiro que vocês acessem os sites: Universo Who e Doctor Who Brasil é lá que eu esclareço minhas dúvidas já que não comecei a assistir desde o começo.
Meu objetivo é salientar porque “Doctor Who” é importante e quase fundamental para a televisão e seus respectivos telespectadores.
1) Diversão para todas as idade: De 0 a 100 anos, qualquer um pode assistir a série, ela não tem conteúdo inapropriado nem faz apologia a nenhum tipo de vício ou comportamento, a série pode ser assistida em família ou entre amigos, independente das idades.
2) Se passa na Inglaterra, mais propriamente dito em Londres: Okay, talvez seja só eu que sonho em conhecer Londres, mas se você também tem um amor platônico por esse cidade chuvosa cujo os símbolos mais conhecidos são um relógio em uma torre e cabines telefônicas vermelhas vai adorar o background da série. Os estúdios de gravação são em Cardiff a capital de Wales, mas a série se passa em Londres e é o cenário mais que perfeito para quem ama a cultura inglesa.
3) Alienígenas, planetas distintos e uma variedade de monstros: a razão pela qual isso é relevante é simples, cada monstro representa um paradigma da nossa sociedade, um defeito, um preconceito, um medo, uma ambição, um arrependimento, um pedido de aceitação, ou um instinto de sobrevivência, eles representam nossas melhores e piores facetas. Alguns precisam ser destruídos, outros merecem ser preservados assim como alguns comportamentos dentro da nossa sociedade.
4) É atemporal: viagens de volta ao passado nos permitem enxergar as coisas de forma mais ampla, mais clara e nos fazem pensar: “O que você mudaria na história da humanidade se pudesse voltar no tempo?” Você impediria Hitler de cometer as atrocidades que ele fez? Consertaria um erro pessoal? Salvaria a vida de um ente querido? Ou apenas diria um ultimo “adeus”? Pensar que diferente da série nós não podemos voltar ao passado nem dar uma “espiadinha” no futuro, faz com que revejamos nossos conceitos, prioridades e decisões para que nosso futuro seja vivido sem os fantasmas do nosso passado.
5) Doctor (Who?): Doutor quem? Ninguém sabe quem é o Doctor, qual sua idade, qual é seu verdadeiro rosto ou como ele se chama, mas uma coisa é certa ele é de outro planeta, um planeta que fora extinto e desde então ele viaja pelo universo e tem uma forte ligação com a Terra onde os humanos parecem sempre precisar dele.
6) A arte de se reinventar: Leitores assíduos do HEA sabem que esse é o lema da nossa editora, Claudia Ciuffo, se reinventar é o segredo da felicidade até porque a felicidade não é um destino, um objeto ou um sonho realizado, a felicidade é o trajeto, é como você se sentiu ao vencer cada obstáculo, ao superar desafios pessoais e ao descobrir o que te faz feliz. O Doctor está sempre se reinventando, ora ele ganha uma aparência mais jovial, mas traz a bagagem de quem já viu mundos colidirem, ora ele aparece com rugas, mas com um senso de humor bastante infantil.
É bem provável que você não veja a série do mesmo jeito que eu vejo, e isso é outra razão para o sucesso da série, ela é aberta a todo tipo de compreensão, ela é universal!
Curiosidades sobre Doctor Who:
– Doze atores já interpretaram o personagem principal da série ao longo destes 50 anos;
– A série foi ao ar pela primeira vez pela BBC no dia 23 de novembro de 1963; O Doutor é um personagem que busca a justiça e “curar” o universo de seus males. Como ninguém sabe seu nome, a pergunta constante é: “Doctor Who?”
– O décimo Doutor – David Tenant, famoso por seu terno, por sua intensidade e pelos sapatos esportivos – manteve-se no papel durante cinco anos e 36 histórias diferentes;
– Até hoje, mais de 35 atores e atrizes compartilharam o cenário com o Doutor. Entre os favoritos do público estão Sarah Jane Smith, acompanhante dos Doutores 3 e 4 interpretada por Elizabeth Sladen, e Rose Tyler, interpretada por Billie Piper, que viajou com os Doutores 9 e 10;
– Na Grã-Bretanha, a série é considerada cult, e seus fãs são conhecido como “Whovians”. Por ser uma série acompanhada por várias gerações diferentes, se converteu em parte da cultura britânica.
– A Turnê Mundial de Doctor Who teve seu encerramento no Rio de Janeiro, em agosto de 2014.
Que legal! Eu não fazia ideia de que a série era tão antiga hehe. Parece um tema tão moderno, mas como disse é atemporal 🙂 Nunca assisti, mas me interessei!