Deadline Contenders traz painel com protagonistas da série True Detective: Terra Noturna

Mais alguém pirou com a quarta temporada de “True Detective: Terra Noturna”?

Confesso que só tinha assistido a primeira temporada da antologia que, por sinal, eu curti bastante. Mas, foram as duas protagonistas mulheres, o roteiro com toque sobrenatural baseado na cultura indígena, no Alasca, que me chamaram a atenção para maratonar, em tempo recorde, “Terra Noturna”.

 

 

Na quarta temporada de “True Detective”, intitulada “Terra Noturna”, duas novas detetives são inseridas no universo da famosa série de investigação policial. Na trama, as detetives Liz Danvers (Judy Foster) e Evangeline Navarro (Kali Reis) começam a investigar o estranho caso do desaparecimento de oito trabalhadores da Estação de Pesquisa Tsalal Arctic durante uma noite de inverno em Ennis, Alasca. Durante a investigação, as duas acabam enfrentando seus próprios demônios, enquanto antigos segredos e verdades são desenterrados das congeladas ruas do Alasca. Fonte: AdoroCinema

 

 

Fiquei boquiaberta! Que temporada espetacular em todos os quesitos, desde o roteiro, passando pelas performances, à belíssima fotografia, até a direção impecável. Nota 10! Fiquei radiante que a minissérie foi reconhecida recebendo 19 indicações ao Emmy Awards, em diversas categorias, incluindo melhor minissérie, melhor atriz (Jodie Foster), melhor atriz coadjuvante (Kali Reis), melhor roteiro e direção (Issa López).

 

 

Antes das indicações ao Emmy serem anunciadas, estive com as três divas no evento Deadline Contenders. Compartilho aqui os destaques do painel de “True Detective: Terra Noturna” com as talentosas Issa López (criadora/produtora/roteirista/diretora), Jodie Foster (Elizabeth Danvers) e Kali Reis (Evangeline Navarro).

 

 

Issa López

criadora/produtora/roteirista/diretora

 

Sobre o projeto:

“Eu sempre sonhei em fazer a antologia ‘True Detective’. Foi minha ideia em fazer essa temporada com protagonistas mulheres. Até porque as temporadas anteriores foram estreladas por homens e foram brilhantes, eu acho que não tinha mais nada para ser abordado pela perspectiva masculina e eu tinha muitos assuntos a abordar na perspectiva feminina. Outro ponto que sugeri foi a locação, eu quis levar a estória para o Alasca que, por si só, já é um ‘personagem’ intrigante. Eu queria fazer algo diferente e acho que conseguimos com essa temporada.”

 

 

Sobre as personagens:

“Navarro tem uma forma de acessar suas emoções tão profunda que eu acho que nem ela mesma compreende. Em contrapartida, a Liz é mais cerebral, não consegue navegar suas emoções. As duas juntas praticamente formam a psique, elas se completam.“

Afinal, é sobrenatural?

“O público tem a chance de assistir a minissérie pelo viés sobrenatural ou pelo viés realista, porque tudo tem uma explicação. E, ainda pode considerar os dois, o que torna a série ainda mais atraente.”

 

 

Jodie Foster

Elizabeth Danvers

 

Voltar à TV:

“Eu queria voltar a fazer televisão. Eu não fazia TV como atriz há anos, apenas como diretora. Eu queria achar o projeto certo, queria que fosse uma minissérie e eu adoro essa antologia. Quando li o roteiro fiquei encantada, mas antes de bater o martelo eu quis conhecer a Issa, aí eu a conheci e aceitei na hora.”

 

 

Sobre sua personagem:

“Liz é uma pessoa péssima, desde que ela perdeu o filho, ela se tornou uma pessoa revoltada e amarga. E eu me interesso por personagens assim, que não têm consciência de suas feridas. O meu grande objetivo era dar o suporte para que a Kali fosse o centro da estória, porque a Navarro era o fio condutor desse plot.”

Afinal, é sobrenatural?

“A Issa nos disse desde o começo, os mortos estão entre a gente. Isso faz parte da cultura indígena também. Então, a trajetória da Navarro pode representar os dois lados, o místico e o realista. Depende muito da interpretação de cada um. Eu tenho uma teoria, mas a gente não sabe a verdade porque a Issa nunca nos contou. Fica o segredo!”

 

 

Kali Reis

Evangeline Navarro

 

Sobre trabalhar com Jodie Foster:

“Minha primeira reação ao saber que iria trabalhar com Jodie Foster foi gritar. Sou muito fã e admiro muito o trabalho dela. Mas isso durou 30 segundos, pois quando nos conhecemos na primeira leitura do roteiro, ela me fez sentir segura e vi, de cara, que nossa relação profissional ia funcionar, que a nossa forma de trabalhar era semelhante, uma troca prazeirosa e saudável.”

 

 

Sobre a finale:

“A pergunta que mais recebo é se a Navarro estava viva, por conta do final, e eu tenho minha versão, mas não compartilhei com ninguém. Acho que cada um deve ter a sua versão da trajetória dela, o que faz o coração do espectador bater mais forte.”

 

Trailer legendado:

 

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