Daisy Jones and The Six: Riley Keough conta mais detalhes sobre os bastidores da série em nova sessão em LA

Eu estava trabalhando no domingo quando, do nada, recebo um convite de última hora para a exibição do último episódio de “Daisy Jones and The Six” seguido de um papo com a própria Daisy, Riley Keough.

Eu tinha encontrado Riley, uns dias antes, numa sessão com Q&A de “War Pony”, filme que ela escreveu, dirigiu e atuou, mas nada como encontrá-la novamente na mesma semana e ainda ouvir histórias dos bastidores de Daisy Jones. Obcecada que sou, não pensei duas vezes e sai do trampo direto pro hotel The West Hollywood Edition que, pra minha sorte, é pertinho da minha casa.

Perdi uma parte do episódio, que já vi mais de um milhão de vezes desde março, ou seja, não sofri. O foco era realmente estar lá pra rever a fofa da vida da Riley e, assistir a uma entrevista dela ao vivo sobre DJATS, levando em consideração que também já tinha visto no YouTube absolutamente todas as entrevistas que ela e o elenco deram sobre a minissérie.

Riley entra no cinema super aplaudida, sorridente e tímida, não tem nem um traço de Daisy Jones em sua personalidade, o que demonstra o poder de sua performance, que lhe rendeu sua primeira indicação ao Emmy Awards, na categoria melhor atriz minissérie/drama.

A atriz fala baixinho, o que também contrasta com a voz da popstar que interpretou e, fisicamente, ela não parece nada com Daisy. Foi uma transformação total, não só na maquiagem, figurino, como na sua forma de andar. Isso sem contar que Riley nunca tinha cantado antes. No papo ela conta que, por conta da pandemia, eles tiveram praticamente 1 ano extra de ensaio. “A gente não tinha experiência nenhuma com música, e por conta do COVID a produção parou e ficamos treinando separadamente. Eu tive que aprender todas as músicas no violão, porque a gente não sabia o que ia gravar ou não, o que foi meio chato, já que eu não tocava violão, só toquei na adolescência, por 5 minutos, mas foram meses e meses de prática, que contribuíram no resultado final”, confessa Riley

Mas o público viu que todo o sacrifício valeu a pena, as músicas da banda fictícia viraram hits e ocuparam o primeiro lugar da billboard e o álbum “Aurora” desse grupo de atores foi indicado ao Grammy Awards. Imagina isso?! Todos merecem e estão super orgulhosos.

Mas nós, viciados em seriados, sabemos que para um casal de série funcionar é preciso que haja muita química entre os atores. No caso de Billy e Daisy, a química entre seus intérpretes Sam Claflin e Riley Keough era tão evidente que era praticamente paupável.

Riley relembra como ela achou que Sam era o Billy desde o primeiro teste que fizeram juntos, “a gente se deu bem de cara, ele é muito solidário e eu gosto de pensar que eu sou também, a gente clicou. E ele foi incrível, ele veio da Inglaterra e fez 5 cenas, ele não conhecia nenhum de nós, (todos os atores já estavam escalados), era uma situação bem intimidadora. Ele arrasou”.

Riley fez questão de ressaltar o que todo o elenco já disse em várias entrevistas, “esse projeto foi muito especial pra mim, aliás pra todos nós. Tanto que na gravação do último episódio, esse que vocês acabaram de ver, eu e Sam estávamos chorando o tempo todo. O Sam não conseguia parar e a diretora estava tentando conseguir um take dele sem que ele estivesse aos prantos, porque não era para o Billy estar chorando o tempo todo, e foi difícil. Eu também não conseguia parar. Foi um mix de emoções, da estória, dos personagens e também porque a gente sabia que estava acabando. Esse foi o último show que a gente gravou. Era uma despedida pro Billy e pra Daisy, mas era pra gente também. Foi difícil dizer adeus pra esse trabalho. A gente se gosta muito, vai morar pra sempre no meu coração”.

E se todo mundo se amava tanto, por que não rolou a tão esperada turnê de “Daisy Jones and The Six” na vida real?

Riley explica, “olha a gente queria muito fazer pelo menos um show, todos nós. Mas era difícil conciliar todas as agendas. Quando achamos que íamos conseguir, veio a greve (dos atores) e a gente não podia promover ou fazer qualquer coisa relacionada ao show. Aí complicou. Mas a gente queria muito mesmo. Foram coisas da vida que aconteceram e por isso acabou não rolando”.

Meu coração de fã ficou dilacerado pela ausência de um show, mas ainda tenho esperanças que a banda vá se reunir e se apresentar em uma das casas de show icônicas de LA, como a Whisky a Go Go. Até porque eu preciso de mais noites de domingo, perfeitas como essa, na companhia de Daisy Jones.

Por sinal, foi mágico encerrar assim um dia de trabalho.

 

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