Por: Carl
SINOPSE: Um assassinato dentro do Museu do Louvre traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. Com a ajuda da criptógrafa Sophie Neveu, o professor de Simbologia Robert Langdon segue pistas ocultas nas obras de Leonardo Da Vinci e se debruça sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental – do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. Mesclando os ingredientes de um envolvente suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, O Código Da Vinci consagrou Dan Brown como um dos autores mais brilhantes da atualidade e agora chega em nova versão, especialmente preparada para o público jovem, com fotos coloridas que enriquecem ainda mais o livro – Dan BROWN – Editora ARQUEIRO – 2016 – 312 páginas.
Existem alguns momentos em nossas vidas que são perfeitos, mesmo que breves. E, da mesma forma, existem alguns livros que são perfeitos dentro de seu gênero, mesmo que o autor não consiga repetir o mesmo nas obras seguintes. É o caso de O CÓDIGO DA VINCI. Ele foi um acaso, uma vez que Brown nem de longe imaginava o sucesso estrondoso que seria, e causou um alvoroço sem precedentes no mundo literário.
Existem vários fatores que podem justificar o frenesi que aconteceu na época do lançamento: a escrita direta, de fácil entendimento, clara, com ações muito bem definidas e sequências estabelecidas de forma a levar para um clímax de forma crescente; os enigmas apresentados durante todas as páginas; a busca de respostas, onde o leitor consegue se colocar na posição dos personagens principais e chegar às mesmas conclusões que eles, ao mesmo tempo; locais verdadeiros que servem de cenário; o tema religioso, que utiliza de partes reais da Bíblia e de várias obras de arte para levantar questões intrigantes; um personagem principal simpático, que conquista pelo seu caráter e inteligência. Enfim, Brown conseguiu construir uma obra ímpar.
Quando comecei esta resenha, pensei em falar um pouco da história e do que achava dela, em termos de questionamentos. Mas acho que quanto menos o leitor souber, melhor. O essencial está na sinopse. Fique apenas com a certeza de que, mesmo não acreditando em muito do que irá ler, sua visão sobre vários fatos sofrerá, no mínimo, um pequeno abalo. Não me refiro à fé, mas, sim, a como certos detalhes, dependendo da interpretação, podem dar um sentido mais humano, romântico e belíssimo ao entendimento de quem foi Jesus Cristo.
Isso sem mencionar em como não prestamos atenção nos detalhes de várias obras de artes famosas, como estátuas, quadros, igrejas, etc. É incrível como um artista pode ocultar informações em pequenos cantos de cada coisa que cria.
Depois de lançado o livro, vieram outras edições, uma delas em tamanho maior e com fotos de todas as localidades por onde os personagens passam, além das obras de arte que eles investigam. E esta última edição da editora Arqueiro consegue reunir o melhor dos dois mundos, sem encarecer: você encontra a história original com várias páginas com fotos. Tudo no tamanho de um livro normal. Além disso, a edição também traz um questionário com várias perguntas sobre a história, que pode ser usado de forma acadêmica, ou apenas por diversão.
O CÓDIGO DA VINCI não é apenas uma obra de ficção que convence pela qualidade da história e nem pelas questões que levanta. O livro abre portas para que o leitor comum conheça fatos sobre nossa história universal, independente da religião, e se questione sobre o que ele acredita, no que se baseia sua fé, caso possua, e até onde os fatos podem sofrer alterações através do tempo.
Como foi na época do lançamento, O CÓDIGO DA VINCI continua sendo uma leitura indispensável para qualquer pessoa.