Por: Juliana Brito
A 4ª temporada de “Black Mirror” está oficialmente no ar e disponível na Netflix.
“Black Mirror”, sempre tão famosa por seus episódios polêmicos e impactantes, deixou um pouco a desejar nesta season. Focada em nos mostrar um futuro distópico, onde a tecnologia se tornou algo fundamental em nossas vidas, essa temporada focou muito mais no ser humano e até onde ele está disposto a chegar.
Desde que a Netflix comprou definitivamente os direitos de produção de “Black Mirror”, a mesma perdeu um pouco ao que se propunha a mostrar. Menos “dark” e mais “entendível”, essa temporada apresentou episódios mais previsíveis e de temas reciclados. Não me entenda mal, eu gostei muito, mas definitivamente não foi a melhor já apresentada.
Amor, vingança, superproteção, sobrevivência, exposição, ego… e a tecnologia são algumas das premissas que permeiam cada um dos 6 episódios de “Black Mirror”.
Os episódios 1 e 6, “Uss Callister” e “Black Museum”, foram os mais próximos do que “Black Mirror” se propõe, no primeiro um líder apático que vê sua genialidade sendo creditada a outro, desmerecido pelos seus funcionários, vê como forma de vingança criar uma realidade virtual, utilizando o DNA desses e aprisionando-os; o outro episódio também é uma forma de prisão a mental.. e em ambos o DNA e a vingança são gatilhos, este episódio trás uma série de referências aos episódios anteriores da série, se você se liga em detalhes vai curtir muito. Um museu do crime, praticamente, onde tudo que há nele, foi produto de algum crime já cometido.
Os dois episódios subsequentes abordam temas como superproteção e ego, ambos lidam com a perda, em “Arkangel”, em que o medo de uma mãe perder sua filha, e em “Crocodile”, em que o medo de uma grande arquiteta perder seus status, sua credibilidade, podemos perceber como evasivos podemos ser e até onde se pode chegar a fim de se esconder um segredo.
“Hang the Dj” dá nome ao 4ª episódio e faz uma crítica MARAVILHOSA aos aplicativos de relacionamento, que só assistindo para entender, eu particularmente AMEI, um dos meus favoritos de todas as temporadas, simples, lindo e prova que não é preciso tecnologia quando se ama, na verdade, se fundar nela pode só piorar qualquer relacionamento.
E aqui fica a nossa reflexão:
Até que ponto se tornar uma sociedade extremamente digitalizada será o melhor para nosso futuro?