O show do Billy Joel, no recém-inaugurado Intuit Dome, em Los Angeles, foi um verdadeiro espetáculo tanto musical, como visual. Suas músicas fazem parte da trilha sonora da minha adolescência e realizei um sonho da minha juventude ao ver o ícone cantar ao vivo hits como “Viena”, “New York State of Mind” e “Piano Man”, além de todos os seus grandes sucessos.
Como Billy disse logo no início do show, de mais de duas horas, “estou aqui para cantar para vocês músicas que vocês querem, as músicas que vocês conhecem. Não tem nada novo, só as antigas mesmo, porque é para isso que vocês vieram aqui”.
Billy Joel cumpriu a sua promessa, acompanhado de uma banda incrível, do seu piano e da sua gaita.
O som do estádio, que é a nova casa do time de basquete Clippers, é perfeito, e o visual do show foi uma superprodução. Já na era digital, as luzes coloridas que iluminam a plateia ficam nas cadeiras do estádio. Durante os jogos, o próprio torcedor vai poder controlar as luzes. Esse moderno estádio já dá um gostinho das Olimpíadas de LA em 2028.
Confesso que ficou evidente que o local ainda não estava preparado para receber os 17.000 fãs de Billy Joel que lotaram o local. A entrada foi meio caótica, já que eles não escaneiam mais o ingresso, a gente tem que baixar o aplicativo do estádio, onde recebemos nosso ingresso e devemos adicionar na nossa wallet no celular. A compra de bebidas e snacks nos bares dentro do estádio também são realizadas pelo aplicativo e para o público do Billy Joel, essencialmente 40+ e sem uma equipe treinada para ajudar a galera, foi meio desorganizado.
Mas, foi só Billy pisar no palco que a gente esqueceu o mundo e curtiu o som e a pirotecnia do local que nos deixou boquiabertos.
Meu coração de fã já estava batendo forte, quando Billy chamou ao palco um “amigo guitarrista”. Nesse momento John Mayer entra e faz um show a parte! Arrepiei!
Agora, quando Joel chamou Axl Rose, me emocionei. Lembrei do primeiro show do Guns N’s Roses que eu fui, no Rock’n Rio 2, que naquele ano foi no Maracanã, pertinho da minha casa na Tijuca. Levei o meu irmão que tinha então 11 anos e era fascinado pela banda (aliás, ele continua fã da banda hoje, aos 44). Axl, acompanhado de Joel, fez uma performance irada, da histórica “Live or Let Die”. Inesquecível.
Billy também recebeu no palco sua filha Della Rosa. A fofa acompanhou o pai em uma canção, que não perdeu a piada e comentou “nepotismo”, quando a filhota saiu bastante aplaudida.
No bis, Joel colocou a galera para dançar e animou ainda mais a plateia que, geralmente, não é uma das mais empolgadas em LA, mas dessa vez, estava animadíssima.
Fui ao show sozinha, mas me senti em casa cercada dos novos amigos de várias gerações que fiz por uma noite. Descobri que os hits do Billy Joel não marcaram só a minha juventude nos anos 80 e 90, como seguem na trilha sonora das novas gerações.
Aos 75 anos, o cantor continua com a energia e o talento com que começou a sua carreira nos anos 70. Foi mágico ver essa lenda ao vivo e fazer uma deliciosa viagem ao meu passado, através das suas canções.
Mais um daqueles dias que a realidade foi melhor que o sonho, que tenho a honra de compartilhar com vocês aqui. Espero que curtam esse “aperitivo”.
E, mesmo com todo o caos, eu volto ao Intuit Dome, creio que eles vão se organizar melhor daqui pra frente e o lugar tem potencial. Veja você mesmo: