Bate-papo com elenco da nova série Everyone is Doing Great

Para dar a largada a nossa cobertura do ATX Festival 2018, nada melhor do que uma entrevista exclusiva com os produtores, roteiristas e atores de uma das estrelas do festival este ano, a série: “Everyone is Doing Great”, cujo o painel, que vai rolar domingo (dia 7 de junho) às 10h, promete levar os fãs (e eu que, sem dúvidas, estarei lá) ao delírio.

Afinal, James Lafferty e Stephen Colletti, que fizeram história na TV e na cultura pop, marcando a vida dos seriadores, como Nathan Scott e Chase Adams em “One Tree Hill”, vão estar presentes para conversar com a galera no Alamo Ritz 1, depois da exibição do piloto da série que, por sinal, foi editado e dirigido por James. O painel de “EDG” também será épico para os “Royals”, pois contará com a ilustre presença de Alexandra Park, que interpreta a Princesa Eleanor em “The Royals”, e também está no elenco de “Everyone is Doing Great”!

Enquanto domingo não chega, se deliciem com meu bate-papo com James e Stephen, que está traduzido abaixo e pode ser ouvido na íntegra na gravação. Mesmo que vocês nunca tenham assistido “One Tree Hill”, eu tenho certeza absoluta que vocês vão se divertir muito com os meninos, que por sinal são mais simpáticos do que eu achava que eles fossem, e não deixem de conferir “EDG” que, sim, entrará na lista das nossas séries do coração.

Entrevista com James Lafferty e Stephen Colletti

 

 

SC: Você está no Brasil agora?

CC: Não, estou em Los Angeles. Eu vivo aqui e em Nova York… Quer dizer, eu vivo nos Estados Unidos. Mas eu vou para o Brasil em três semanas – vocês deveriam vir comigo!

SC: Quem me dera! Se fizerem uma convenção de One Tree Hill no Brasil, o James e eu seremos os primeiros a estar lá.

CC: Meu Deus, eu vou contar isso para todo mundo! É uma grande notícia, amei. Eu estava falando com o James sobre como um show de televisão pode ser viciante. Eu escrevo sobre shows de televisão, assisto mais de cem shows e eu sou viciada em The Royals. Por outro lado, eu não sou viciada em The Americans, mesmo que eu ame o show. Vocês sabem quais são os fatores viciantes em um show televisivo? E, quando vocês escreveram o piloto de vocês, pensaram sobre este tema? Vocês pensaram nisso de alguma forma ou sabem quais são estes elementos?

SC: Eu acho que o mais perto que cheguei… Quer dizer, eu cheguei muito perto, eu definitivamente sei o que é ser viciado em televisão. Eu achava que já era viciado em alguns shows durante a infância, sabe? Desde cedo, os meus pais me arrancavam de perto da televisão e me colocavam para dormir, somente para que eu voltasse escondido porque precisava assistir mais TV. Até o ponto em que meu roomate e eu… O meu roomate na época – isso foi há alguns anos – era o Robert Buckley e nós começamos a assistir Game of Thrones. Estávamos atrasados; foram uns três anos depois que a série começou. Nós começamos a assistir juntos e, naturalmente, depois de uma semana… Nós ficávamos em casa em horários diferentes. Então, chegávamos em casa e um gritava com o outro por estar assistindo Game of Thrones sozinho. Aí, quando estávamos assistindo episódios diferentes, entrávamos em casa e gritávamos para desligar a TV, correndo cada um para o seu quarto para não ver o que estava acontecendo. Eu nunca passei por algo como aquilo antes, mas definitivamente mostra o poder de ser viciado em um programa de televisão e o que isso pode fazer com você. O momento em que ficamos com mais raiva um do outro nesta vida foi quando assistimos Game of Thrones na casa que dividíamos, mas em horários diferentes. Quando se trata do nosso show e se pensamos nisso enquanto estávamos escrevendo, não é algo que passou pela nossa mente. Não estamos tentando fazer algo que seja viciante. Eu acho que estamos tentando fazer algo que traga alegria para as pessoas, particularmente com este show, que é uma comédia. Você quer que as pessoas deem risada e encontrem algum humor nele, mesmo que nós tenhamos um tom um pouco obscuro no show. Um vício não é algo que pensamos quando estamos escrevendo um show.

CC: Mas acho que só acontece…

JL: Eu acho que, como ele disse, meio que aconteceu talvez por osmose e por assistirmos muita televisão, ou também por fazer parte de um show viciante como era One Tree Hill. Nós realmente entendemos o valor de um bom desfecho dramático! E eu acho que vocês vão ver isso neste piloto. As audiências verão que paramos, pelo menos no episódio piloto, em um momento que vai fazer você querer voltar para assistir mais. Realmente é uma armação, no sentido real da palavra, que deixa você pensando sobre o que vai acontecer em seguida. Como o Stephen disse, não estamos tão focados em fazer cada episódio ser viciante para ser assistido várias vezes, ou mesmo ter aquele cliffhanger que te faz voltar, mas parece que isso aconteceu no nosso primeiro episódio.

CC: Os cliffhangers são a chave para o sucesso, certo? One Tree Hill era um bom exemplo! Toda vez que eu começava a assistir um episódio, eu acabava vendo as três últimas temporadas inteiras – que são as minhas temporadas favoritas do show. É ridículo, eu assisti tantas vezes, mas isso é o que faz bons shows de TV para mim. Vocês se conheceram em One Tree Hill ou se conheciam antes do show? Como aconteceu?

SC: Nós nos conhecemos em One Tree Hill. Quando eu estive no set lá, James e eu nos tornamos amigos e ele foi gentil o suficiente para me deixar morar na casa dele em Los Angeles. Ele estava filmando na Carolina do Norte e eu não aparecia tanto no show, mas ele tinha acabado de comprar uma nova casa em LA e eu acabei morando lá com o irmão mais novo dele por um tempo. O que foi engraçado, porque nós mudamos… O James comprou a casa, mas ele não teve tempo de mobiliar, então eu coloquei a minha mobília lá. Ele tinha uma casa e eu estava vindo de um apartamento de um quarto, então, nós colocamos minha mobília de um quarto na casa de três quartos dele. Foi um pouco estranho…

“Este é o nosso quarto projeto com James – os três primeiros dos quais nós éramos os diretores e ele era um ator que adorávamos trabalhar com o tempo e outra vez. Ele é incrivelmente talentoso e agora, para que as mesas o acompanhassem, estamos empolgados em colaborar com ele de uma maneira diferente. ”- The Nelms Brothers, Produtores Executivos (www.NelmsBros.comque já haviam dirigido James Lafferty nos filmes Lost on Purpose (2013), Waffle Street (2015) e Small Town Crime (2018)

CC: Eu imagino!

SC: Mas eu fico feliz em reportar que, anos depois, a casa do James está bem mais bonita agora que a mobília do meu apartamento não está mais lá.

JL: Só recentemente, porque eu mantive a mobília do Stephen por uns oito anos depois disso!

CC: Tá brincando? (risos)

SC: Estava acumulada em um quarto específico, que era exatamente o quarto em que eu morava e que chamamos agora de “o quarto estranho”.

CC: Então, vocês estavam conversando no quarto estranho e tiveram a ideia de escrever um show televisivo? Como aconteceu?

JL: Mais ou menos isso!

CC: E por que vocês decidiram escrever seu próprio show? Escrever é bem diferente de atuar e dirigir, eu imagino. É uma tarefa bem difícil e específica. Então, por que escrever?

JL: Eu acho que nós dois estivemos buscando posições de produção, direção e redação. Seguimos nossos caminhos separadamente por um tempo, mas sempre buscamos por uma oportunidade de cruzá-los e colaborar. Nós queríamos que fosse a coisa certa, sabe? Levou um tempo, mas, eventualmente, quando começamos a discutir essa ideia, o timing era perfeito para nós dois e era algo que sabíamos que poderia nos motivar, porque lidava com diversas circunstâncias deste mundo com as quais somos familiarizados. Então, realmente fez sentido colaborar nisso e, quanto mais trabalhamos, mais fez sentido. Nós estávamos procurando por qualquer razão para que não desse certo, porque somos muito cuidadosos na forma como lidamos com as coisas. Mas, conforme fomos seguindo e sentindo que estava funcionando, pareceu iminente colocarmos isso na tela.

“O show é muito engraçado, mas também aborda questões reais de uma forma muito significativa e isso é um testemunho do roteiro perfeito escrito por James e Stephen.” – Ian Nelms (Produtor Executivo) + Eshom Nelms (Cast + Produtor Executivo) (www. NelmsBros.com)

CC: Não é fácil. Você produziu, escreveu, dirigiu, editou e atuou no projeto. Você tem uma preferência, uma coisa que você goste mais do que as outras? É uma pergunta difícil, eu sei.

JL: Eu acho que usamos muitos chapéus neste projeto. Eu estava dirigindo, mas, ao mesmo tempo, nós tínhamos esse time de criação com o Stephen, o Ian e Eshom Nelms, que são diretores fantásticos que ajudaram como produtores executivos. Eles foram realmente ótimos, funcionando como nossos olhos e ouvidos quando estávamos na frente das câmeras e realmente ajudaram a nos manter verdadeiros ao mapa criativo que havíamos desenhado. Eles também tiveram uma presença de controle de qualidade. Mas, para mim, é muito difícil escolher. Eu venho atuando desde a infância e atuar sempre vai ser algo emocionante e satisfatório. Mas, neste momento, dirigir é o caminho mais emocionante para mim e aquele que eu quero seguir, porque realmente engloba tudo. O Stephen e eu tivemos a oportunidade de aprender a editar neste projeto, nós nos aprofundamos no aprendizado. Os dois sabiam um pouco a respeito… Nós conhecíamos os fundamentos, mas realmente nos aprofundamos e aprimoramos nossas habilidades neste projeto. Então, eu acho que isso é algo que a direção e que ser realmente criativo, com as mãos na massa, te permite fazer: ficar imerso em cada parte do projeto e continuar aprendendo.

CC: Parece emocionante! E o que vocês podem dizer sobre o projeto? Eu sei que algumas pessoas… Vocês já exibiram este piloto, certo? Para uma audiência no Kansas e também em outros lugares. Eu vou assistir no ATX, mas me contem um pouco a respeito.

JL: Legal! Stephen, você quer responder essa?

SC: Sim! Sobre as experiências de exibição ou sobre o show mesmo?

CC: As duas coisas.

SC: Nós estamos muito empolgados em trazer o show para uma audiência que não é composta por nossas mães, pais e amigos, sabe? Pessoas que você sente que pode conseguir uma reação mais honesta. O Kansas foi o primeiro lugar para fazermos isso e esgotamos os ingressos para duas screenings. Nós só íamos ter uma, mas eles adicionaram outra porque esgotamos a primeira e, felizmente, ela esgotou também. E a resposta foi muito forte. Nós ficamos muito felizes com a energia no cinema, com a energia da audiência depois da exibição e o engajamento conosco na sessão de perguntas e respostas. Realmente, só de conseguir algumas risadas durante a exibição… Nós estávamos escondidos lá dentro, tentando ouvir e ter a certeza de que estávamos conseguindo algumas risadas. E, no final, ouvindo algumas perguntas bem específicas sobre coisas do show e sobre o que eles sentiram a respeito do que viram, foi ótimo porque foi como conquistar um pouco do que nos dedicamos para fazer. O show levantou algumas questões que nós queríamos que a audiência desse atenção, que sentisse. Então, isso foi muito encorajador e definitivamente nos coloca em uma posição mais confortável para seguir em frente. Conforme continuamos com as exibições, ficamos empolgados para que mais pessoas vejam. Mesmo que os nervos ainda estejam presentes, porque ainda é cedo e quem sabe? Talvez as pessoas de Kansas City sejam somente muito legais. Mas quem sabe! (risos) E Claudia, é melhor que você seja legal! Esperamos que você goste também. Nós estamos ansiosos para ver e estamos prontos para o feedback. Gostamos do processo colaborativo de tudo isso e receber o feedback da audiência, de como eles estão se sentindo é importante para nós.

“Este foi um grande trabalho feito com muito amor e dedicação pelo James e pelo Stephen e foi maravilhoso colaborar com eles como produtor desde o início e depois ajudar a dar vida a este projeto.” – Johnny Derango, Diretor de Fotografia + Produtor Exectuive ( www.JohnnyDerango.com)

CC: Você ficou surpreso? Quero dizer, pensando que você não esperava por uma reação específica da audiência ou por nenhuma situação, você ficou surpreso?

JL: Sim! Parece que, para cada nova audiência que exibimos o show, temos esses momentos individuais que cada audiência gosta, ou ri, ou tem algum tipo de reação audível que nós não estávamos realmente esperando. Parte da diversão disso é ver como o show pode afetar um grupo diferente de pessoas a cada vez. Parece que ele ganha uma vida nova a cada audiência que mostramos. Eu não sei se é só uma reação aleatória com cada audiência ou se o humor vai ser traduzido de forma diferente em regiões diferentes ao redor do país e, talvez, ao redor do mundo. Nós mostramos para poucas audiências até agora, então, isso é parte do que é tão empolgante sobre o projeto daqui para frente: ver o que funciona para certas audiências e o que não funciona.

CC: Você esteve no ATX antes, com One Tree Hill? Eu não me lembro… Você esteve?

JL: Sim. Eu fui à primeira edição do ATX, na verdade, e fiz um painel lá sobre One Tree Hill. Foi muito divertido e foi assim que eu conheci o festival. É incrível ver o quanto cresceu desde aquela época e a presença que o festival tem agora. É tão legal.

CC: É incrível. Eu estava prestes a dizer que é um dos meus favoritos. Eu cubro muitos festivais, mas esse é um dos meus favoritos. E é muito poderoso, porque… Quero dizer, Gilmore Girls ganhou uma nova temporada no Netflix por causa do ATX! Então, é um festival muito grande e poderoso e eu estou muito empolgada por vocês. Mas me contem um pouco sobre o show!

JL: Claro! Stephen, quer responder essa?

SC: Sim. Basicamente, você conhece esses dois caras que estão no início dos seus trinta anos e enfrentando um momento de encruzilhada na vida deles. Eles tiveram um sucesso extremo por meio de um show muito popular no início dos seus vinte anos, que era um drama sobre vampiros que os deixou no topo por algum tempo. Nós os conhecemos cerca de cinco anos depois do encerramento deste show e eles estão em momentos diferentes em suas vidas. Ainda que sejam melhores amigos, temos coisas diferentes acontecendo com eles. Um dos personagens é casado e você pode ver como anda essa relação… Ele é casado com uma colega atriz, que trabalha o tempo todo e é super ocupada, enquanto ele está sentado em casa tentando encontrar… Ele sente falta de um direcionamento para sua carreira e está sentado em seus lucros, de certa forma. E aí você tem o outro personagem, que eu interpreto, que é alguém que está tentando lutar para encontrar o próximo trabalho depois desse show de sucesso. Ele está quase tentando demais e acaba entrando em seu próprio caminho por colocar pressão demais. Você o vê tentando lutar por um bom caminho e o que isso representa, e muito do que estamos tentando mostrar com isso… Porque nós sabemos, por experiência, como é este negócio, o que muita gente não sabe. Então, o que queríamos fazer é puxar as cortinas e mostrar. Sabe, se essas pessoas que você espera que tenham todo o glamour e brilho de Hollywood, se elas tiverem algum sucesso, então tudo está bem, certo? Tudo é legal. Mas a realidade de fazer parte da indústria do Entretenimento não é tão glamourosa assim, especialmente quando você não é o Brad Pitt, certo?

CC: Sim!

SC: Então, nós brincamos com isso e mostramos esses caras seguindo com o dia a dia… Não necessariamente a rotina deles, mas as coisas que estão tendo que fazer. Você os conhece em momentos de tentativa bem específicos. As coisas estão prestes a acertar o ventilador, se podemos dizer assim. Eles vêm ignorando a realidade da situação, mas ela está prestes a colidir de forma grande para os dois. Isso vai fazer com que os dois avaliem onde estão e, de certa forma, vai fazer com que um conte com o outro, talvez mais do que já tenham contado – o que não é necessariamente a melhor coisa, porque os dois não têm as próprias vidas resolvidas. Então, como eles podem ajudar um ao outro? Isso é muito do que você vai encontrar no primeiro episódio, sabe, só conhecer esses caras e ver as similaridades e diferenças entre eles, além das pessoas com quem eles interagem.

“Eu trabalhei com James na frente da câmera em vários filmes antes de EDG. Ele é um ator incrivelmente generoso e perspicaz, e ele carrega o mesmo entusiasmo e gentileza trabalhando como diretor. Foi uma alegria trabalhar com ele em ambos os lados da câmera neste projeto. Esta foi minha primeira vez trabalhando com Stephen e ele é muito engraçado e cativante no show. ”- Michelle Lang, Cast (Cast + Exectuive Producer (www.TheMichelleLang.com)

CC: Parece tão legal, especialmente porque… Eu sei bastante sobre Hollywood porque vivi aqui pelos últimos dez anos, mas as pessoas no Brasil pensam que tudo é glamouroso e fácil, sabe? E não é fácil. Eu estou feliz que vocês vão mostrar a realidade dentro de uma comédia, certo? Esta é a ideia?

JL: Sim. Eu acho que um dos aspectos promissores do show é que, enquanto esses caras estão passando por algo difícil, são “problemas de champanhe” de certa forma, sabe? É daí que a comédia vem, porque você não pode se sentir tão mal assim por esses caras. Eles tiveram uma vida muito boa e agora estão passando por essa análise da realidade – é daí que eu acredito que a comédia vem, da ironia de onde eles estavam em comparação a onde estão agora. De todas essas lições difíceis que eles terão que aprender. Você tem a oportunidade de sentar e assistir a eles se contorcerem, de uma forma que é realmente divertida e meio desconfortável. Nós filmamos de um jeito bem natural, então, você sente que é uma mosquinha na parede e que está observando a vida deles de perto. Você realmente está vendo as pessoas batalhando para compreender as coisas e é daí que tiramos boa parte deste humor. Nosso show não é sobre as piadas, não é sobre frases engraçadas. Nosso show é sobre o humor que vem de observar as pessoas tentarem, estranhamente, navegar a vida.

CC: Sim, é o que todos fazemos! Isso é legal. E você pode falar um pouco sobre a seleção do elenco? Por que esses atores estão lá e como aconteceu?

SC: Na verdade, nós fizemos algo que nunca havíamos feito antes: passamos pelo processo completo de seleção de elenco para alguns dos personagens e para selecionar as garotas do show. Para alguns papéis, claro, nós queríamos trazer pessoas que são próximas, que sabíamos que iriam entender o que estamos fazendo. Este era um trabalho que pagava muito (risos) para que os atores pudessem vir e nos ajudar a testar as águas com o show. Nós queríamos atores em que acreditamos para estar à nossa volta, mas também foi importante sair e fazer a seleção de alguns rostos novos, pessoas que nunca vimos antes. Nós fizemos isso e foi muito… Foi uma experiência que abriu os olhos porque, pela primeira vez na minha carreira, eu estive do outro lado de um escritório de seleção. Olhando para todos os currículos, todas as fotos e decidindo quem chamar. E, aí, nós tivemos a nossa seleção e estar do outro lado da sala enquanto os atores entravam e atuavam para nós foi uma experiência diferente, mas também foi empolgante. Nós aprendemos muito com isso e pudemos ver muitas pessoas, ver quem se destacou e, felizmente, conseguimos contratar as pessoas que realmente queríamos. Eles acabaram fazendo parte do show e sentimos que foi um encaixe perfeito. Então, mesmo que tenha sido legal ter alguns amigos fazendo parte, sejam os nossos amigos, os irmãos Nelms e a Michelle Lang, alguns dos atores nos filmes deles que eles acreditam… Todo mundo trouxe talentos incríveis para a mesa e eu acho que esse é um lado muito forte do show. Nós temos atores excelentes que têm pequenos papéis, mas eles entram e roubam a cena. Assim, o show é lotado de performances excelentes.

JL: Sim, totalmente.

CC: Eu mal posso esperar para ver, agora estou ainda mais curiosa a respeito do show! E o que vem a seguir? Quero dizer, o piloto está pronto, vocês estão mostrando o piloto, mas já escreveram todos os episódios? O que vai acontecer; vocês já têm uma ideia?

JL: Sim, nós escrevemos o restante da nossa primeira temporada. Essencialmente, nós temos o show completo mapeado, mas escrevemos os scripts para a primeira temporada. No momento, estamos testando as águas nestes festivais de televisão que entramos e o ATX é essa festa de lançamento incrível para nós. Estamos tão agradecidos por esta oportunidade e, mais para frente, entre o ATX e o meio de junho, nós temos o Series Fest em Denver, nós temos o Monte Carlo…

CC: Uau!

JL: E, aí, nós temos o New York Television Festival, que é no meio de julho. Então, estamos realmente esperando ganhar força com o momento do projeto, ganhar alguns olhos sobre ele e ver onde isso nos leva. Se vendermos ou licenciarmos, isso é ótimo. Existem tantas maneiras para colocar o seu conteúdo no ar agora, ou em uma plataforma agora. Então, nós só estamos navegando essas águas e se chegar a isso, se decidirmos que queremos fazer nós mesmos da mesma maneira que fizemos o piloto, eu acho que existem aspectos muito promissores para o mundo do crowdfunding também, mesmo que o trabalho por trás seja meio entediante. Então, está meio que no ar agora. Nós colocamos o nosso lado criativo para funcionar e, quanto à estratégia do negócio, estamos sendo pacientes e vamos ver o que acontece.

CC: Isso é incrível e eu espero que dê certo! E eu tenho certeza que o show será gigantesco no Brasil de qualquer forma, então…

JL: Nós devemos dizer também que, na verdade, temos muita música brasileira no nosso show.

CC: Sério?

JL: É algo que achamos que é muito interessante, que adiciona esse ar inesperado e bacana ao show. Traz esse otimismo que a comédia precisa e eu acho que diferencia de outras comédias que você vê por aí. Nós temos algumas músicas brasileiras muito legais lá. Nós temos uma faixa chamada Bim Bom, do João Gilberto, que é essencialmente a primeira música de bossa nova brasileira, pelo que eu entendo.

CC: Eu sei!

JL: E se tornou um tipo de tema para o nosso show. Então, estamos muito empolgados sobre esse aspecto e para ver como a audiência brasileira responde ao que fizemos ali.

CC: Eu vou escrever isso no meu artigo. Estou feliz que você me disse isso, porque é incrível!

JL: Legal!

CC: Sabe que a música é o que eu mais sinto falta do Brasil depois de dez anos vivendo nos EUA, porque a música brasileira é incrível.

JL: É incrível mesmo. Nós estamos empolgados, conforme seguimos, para nos aprofundar mais nesse aspecto e para ir descascando as camadas até encontrar novas músicas incríveis.

CC: Isso é incrível, muito legal. Eu estarei no painel, então vou assistir o piloto e passo para falar um oi para vocês, ok?

JL: Sim, com certeza! Estamos ansiosos para te ver lá.

CC: Muito obrigada por tirar esse tempo para falar comigo. Foi incrível! Obrigada.

JL: Nós que agradecemos.

CC: Obrigada e vejo vocês no ATX na próxima semana!

JL: Obrigado. Vemos você lá.

Assista o teaser da série ‘Everyone Is Doing Great” e a trilha é musica brasileira. Além disso, participe da campanha que James Lafferty e Stephen Colletti estão fazendo para rodar os demais episódios da série. Os brindes para quem participam são incríveis:

Sobre a campanha:

https://www.indiegogo.com/projects/everyone-is-doing-great-drama#/

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