Dakota Johnson é destaque com seu alto astral em sessão especial do seu filme Daddio em LA

Eu estava morrendo de saudades da Dakotinha, a diva com quem mais cruzei na night de LA e NY, em shows e bares, antes dela se mudar para Malibu. Apesar dos nossos recorrentes encontros, ela é também o ícone com quem eu ainda não tenho foto até hoje. Explico, nossos encontros casuais foram em baladas onde ela estava com as amigas e, por isso, nunca a incomodei. Nas premières de “Cinquenta Tons Mais Escuros”, “Cinquenta Tons de Liberdade” e “Suspiria”, eu a vi de longe e não rolavam fotos individuais, mesma coisa nos Q&As, como o de ontem, em que ela estava com Sean Penn e a roteirista e diretora, Christy Hall do seu novo filme, “Daddio”, que produziu e atuou.

 

 

Mas quem se importa com foto quando ficamos frente a frente com Dakota Johnson, que tem a capacidade de arrancar gargalhadas da plateia sem esforço e nos emocionar com seu performance na telona?!

E vou falar uma coisa, eu já assisti todos os filmes e séries que Dakota participou até hoje. Ela é excelente, mas em “Daddio” ela está excepcional.

O filme, escrito e dirigido, por Christy Hall, é uma carta de amor para Nova York, como a cineasta disse antes da exibição de “Daddio”, na sessão especial, em Los Angeles:

“Eu escrevi esse roteiro para ser uma peça na Broadway, mas acabou não acontecendo no teatro e eu tive a sorte de conseguir adaptar e, graças à TeaTime (produtora da Dakota), produzir para o cinema. Essa é minha homenagem a Nova York e também uma forma de lembrar pra gente como é importante a nossa conexão com um ser humano, nesse tempo que estamos mais mergulhados em nossos celulares e, como um desconhecido, pode impactar a nossa vida.”

 

Christy Hall – roteirista e diretora de Daddio

 

Em “Daddio”, depois de pousar no Aeroporto Internacional JFK, Girlie (Dakota Johnson) pega um táxi de volta para seu apartamento em Manhattan. Durante a viagem, ela e o motorista de táxi, Clark (Sean Penn), têm conversas inesperadamente honestas sobre vários tópicos, incluindo seus relacionamentos passados e presentes, sexo e dinâmica de poder, perda e vulnerabilidade. Fonte: https://en.m.wikipedia.org/

 

 

Alguns podem resumir o filme como uma conversa entre dois personagens dentro de um táxi, mas, no meu caso, eu diria que foi uma aula de atuação, além disso, eu me identifiquei com a situação em si. Eu já contei episódios da minha vida para desconhecidos que cruzaram meu caminho e nunca mais vi, que nunca contei para amigos e familiares. Coincidência ou não, a maior parte das minhas experiências foram em Nova York, e algumas em um táxi.

Mas fato que em um filme, com apenas dois atores, só vai funcionar bem se as performances forem excelentes, como acontece em “Daddio”.

No papo depois da sessão, a diretora e os atores contaram curiosidades sobre a filmagem e compartilharam detalhes da trajetória da obra.

 

Dakota, hilária como sempre, já chegou fazendo comentários que arrancaram gargalhadas da plateia.

O moderador tinha cometido uma gafe e apresentado a roteirista/diretora como Katie e não Christy. Ele corrigiu e se desculpou e Dakota, que ouviu tudo, quando entrou disse, “Christy, eu já fui apresentada como Dakota Fanning antes, e não foi só uma vez, foram três vezes, então tá tudo bem”.

E Christy, que levou tudo na esportiva, respondeu sorrindo, “eu posso ser Katie hoje, está tudo bem”.

 

 

Nesse clima alto astral, depois do furo do presidente da organização do Film Independent, começou o painel que consegui registrar até o momento em que Sean Penn começou a falar. A pedido do ator, a galera que estava nas primeiras filas desligou o celular. Eu estava na segunda fila e respeitei, sendo que eu acho que esse recado deveria ter sido dado antes pela assessora de imprensa do ator, para que não ficasse um clima desconfortável, como ficou na hora. Mas, ainda assim, a conversa transcorreu tranquilamente com Dakota sempre levantando o astral.

 

Destacamos os pontos altos do painel a seguir.

Dakota Johnson – sobre produzir o filme e convidar Sean Penn:

“A Christy foi roommate da minha amiga e sócia na produtora por um tempo. Nessa época, eu li o roteiro que ainda era uma peça de teatro, mas ela já estava adaptando para o cinema. Eu achei incrível e decidimos produzir e também a convenci que eu queria atuar, pois a personagem é muito interessante, tem muitas nuances.

E o Sean é meu vizinho, então eu literalmente bati na casa dele e dei o roteiro para ele ler pessoalmente. Pra nossa sorte, ele curtiu e está aqui.”

 

 

Sean Penn compartilhou porque topou o projeto:

“O roteiro da Christy é brilhante. Os diálogos são longos, as cenas são longas, mas não teve improvisação, estava tudo no papel. E eu achei a conexão dos personagens muito autêntica, muito real”.

 

Christy e Dakota também deram detalhes sobre as filmagens:

Christy:

“A gente rodou o filme na sequência em apenas 16 dias, porque era importante pra estória. Foi tudo dentro de um estúdio, menos a cena final. A parte externa do táxi na rua também rodamos em uma noite e fizemos o caminho exato do aeroporto JFK até a rua da casa dela. O acidente, a gente rodou no terceiro dia de filmagem porque usamos uma tecnologia onde no estúdio colocamos telas de LED imensas, como se fossem Ipads gigantes, onde passavam as imagens que selecionamos para dar a nítida impressão que eles realmente estavam no táxi. Nosso diretor de fotografia também fez um trabalho ótimo e foi cauteloso para que a imagem não ficasse falsa. Essa tecnologia mais moderna, que está disponível hoje, foi essencial para a realização desse filme especificamente. A gente tinha um orçamento baixo e seria impraticável rodar o filme na rua, então assim foi mais fácil e mais barato”.

Dakota:

“Se realmente precisássemos rodar o filme em externas a gente daria um jeito, ia demorar mais, mas a gente ia conseguir produzir também. Risos. Mas dessa forma realmente foi mais fácil e mais confortável para gente porque tudo aconteceu em um ambiente muito silencioso. Foi mais fácil nos concentrarmos e conectarmos. Tínhamos dois táxis no estúdio, um carro normal e um cortado. Tem cenas que o Sean estava bem longe de mim, mas na mágica da edição estamos pertinho no táxi. Foi muito importante pra gente criar a nossa relação intimista, que o set estivesse com pouca gente, sem barulho, o que é raro, mas foi essencial nesse trabalho”.

 

 

Sean acrescentou:

“Sim. Praticamente éramos só nós dois no táxi, como no filme mesmo, de vez em quando a Christy aparecia. Mas foi excelente não ter a interferência dentro do estúdio, na rua seria muito mais difícil certamente. Eu gostei muito da forma como fizemos”.

“Daddio” é um daqueles filmes que nos faz rir, nos revolta e nos fazer chorar até sem perceber. A performance da Dakota nos emociona de verdade, assim como a de Sean Penn. Os atores tornaram o roteiro ainda mais profundo, intenso e a conversa ainda mais sincera, com momentos engraçados e, em grande parte, de cortar o coração. Mas a situação em si é inspiradora, vou seguir fazendo amigos de uma noite, verdade seja dita, muitos mudaram a minha vida, mesmo sem saber… assim como em “Daddio”.

 

 

Imperdível conferir o filme que estreia dia 28 de junho nos EUA e espero que chegue logo nos cinemas pelo mundo afora e nos serviços de streaming, porque é uma conversa que vale a pena testemunhar.

E, sem dúvidas, ver a Dakotinha foi tão bom quando assistir “Daddio” em primeira mão. Tô aqui na torcida para que o nosso próximo encontro não demore muito para acontecer e, quem sabe numa próxima, a gente consiga registrar em uma foto digna do porta-retrato.

 

 

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