Por: Raquel Zambon
A convite da Universal, participei da cabine de imprensa de “M3GAN” na última terça-feira. Confesso que contei os dias para o evento… Afinal, fazia tempo que eu não tinha expectativas tão altas para o lançamento de um filme!Pudera, o barulho ao redor de M3GAN não foi pequeno. Tudo começou com a première do filme em Los Angeles, que aconteceu em dezembro: no tapete vermelho, oito atrizes fantasiadas de M3GAN fizeram uma performance de dança surpresa, embalada pela música “It’s Nice to Have a Friend” de Taylor Swift. Como esperado, a dança viralizou.
Logo em seguida, as opiniões dos críticos começaram a chegar. O índice do Rotten Tomatoes só aumentava e, em geral, todos comentavam ter se surpreendido com o quanto “M3GAN” era um filme que não se levava a sério, mas fazia isso na medida certa para se tornar um sucesso.
Já sabemos que um marketing bem-feito sustenta qualquer produção e, certamente, “M3GAN” recebeu todo o suporte possível. Mas tenho que admitir que concordo com os críticos: não sei se o filme precisaria de todas estas ações para viralizar! Essa releitura de terror escrachado, que diverte mais do que assusta, já nasceu com tudo o que precisa para agradar ao público.
Produzido por Jason Blum e James Wan, “M3GAN” conta a história de Gemma (Allison Williams), uma expert em robótica que, de um dia para o outro, se torna guardiã de sua sobrinha órfã de 8 anos, Cady (Violet McGraw). Sem saber como se conectar com a sobrinha e amenizar seu sofrimento, Gemma decide usar sua criação M3GAN, uma boneca realista com base em inteligência artificial, para ajudá-la na tarefa de ser mãe.
M3GAN é sincronizada à Cady e, enquanto se torna amiga e professora da menina, ela também faz de tudo para protegê-la – e, claro, acaba exagerando nas táticas de proteção.
Comparações com “Chucky, o Brinquedo Assassino” certamente surgiram, mas eu diria que Chucky se leva um pouco mais a sério. O único aspecto assustador de “M3GAN” é saber que a evolução das máquinas não está tão longe quanto imaginamos! Fora isso, o filme não entrega cenas aterrorizantes… Pelo contrário: ele se esforça para ser leve e, em alguns momentos, quase bobo. E é por isso que funciona.
Talvez “M3GAN” não seja a produção ideal para os viciados em terror, mas o fato é que o filme já multiplicou em 10x seu orçamento nas bilheterias globais. Por isso, uma sequência já está garantida para 2025!
M3GAN não é memorável e, antes da parte 2, os fãs provavelmente terão que reassistir o filme para lembrar do que acontece. Mas, ainda assim, ele é entretenimento fácil, descontraído, daqueles de conversar com os amigos e dar risada… São 2 horas no cinema que te fazem esquecer da vida e do celular, focando sua atenção na tela e aproveitando o momento. Tem coisa melhor?
Raquel Gonçalves Zambon:
É jornalista de Entretenimento e especialista em Comunicação Interna. Divide seu tempo livre entre o vício incurável por filmes, televisão, livros e as gatas Mia e Mel.