Uma das maiores vantagens de ser membro da TV Academy, responsável pelo Emmy Awards é, sem dúvidas, ter a chance de participar de eventos exclusivos como um bate-papo com o elenco e equipe de “Transparent”, um dos nossos seriados prediletos. E de quebra ainda ter a chance de conhecer J.J Abrams, uma das lendas de Hollywood (produtor de “Lost” e diretor do ultimo filme da série Star Wars”).
Mesmo depois de quase sete anos nos EUA, meu coração ainda bate mais forte quando estou frente a frente com pessoas que admiro tanto, como Jill Soloway, produtora executiva de “Transparent”, que conheci em 2014. Ao compartilhar sua experiência pessoal com o mundo (o pai de Jill é transgênero), ela criou um seriado que já entrou para a história. Não só porque é bem produzido, mas por tratar de um tema tão importante, de forma séria, divertida e sensível.
Vencedor do Globo de Ouro e do SAG Awards (prêmio do Sindicato dos Atores dos EUA), Jeffrey Tambor é tão bacana quanto Maura, a personagem que interpreta na série. Seu talento é celebrado pelos críticos e pelo público. Maura é amada por todos, especialmente por Jeffrey, que confessou: “eu tenho que sair da minha zona de conforto para interpretar esta personagem e isso é a melhor coisa que pode acontecer para um ator. É uma grande responsabilidade fazer a Maura pois quero representar da melhor forma possível esta classe (os transgêneros) na sociedade. Mas é fascinante.”
J.J Abrams, com quem Jill já teve a chance de trabalhar, e tão fã da série como a gente, e declarou no evento que “Transparent” é sem dúvidas “uma das melhores séries já produzidas na TV.”
O painel que, além de Jill e Jeffrey, contou com a presença dos cabeças da equipe e revelou o maior segredo do sucesso de “Transparent”: um diretor de fotografia que chora gravando as cenas por que “toca o coração”, uma figurinista que usa seus objetos pessoais para “dar um toque realista aos personagens”, uma editora que tem total liberdade de criação: “isso facilita o nosso trabalho”, uma roteirista que viaja junto com Jill: “a gente escreve absurdos e ri de nos mesmos”, e uma produtora/consultora transgênero “compartilho muito da minha experiência pessoal, todos os desafios e dificuldades.”
E depois de ouvir tudo isso, J.J. confessa: “Assisto “Transparent” e falo pra minha esposa: “eu queria ter criado essa série”. E diante do elogio do mestre, Jill brinca: “nossa equipe é como coração de mãe e sempre dá mais um. J.J. venha trabalhar com a gente.”
Entre risos e aplausos, penso que como telespectadores nós de certa forma também nos sentimos parte dessa família que é muito mais parecida com a nossa do que imaginamos. E se vocês ainda não assiste a série, aqui estão mais alguns motivos para conferir já:
Trailer – Segunda temporada