(Cinegrafista: Letícia Ventura / HEA)
Por: Matheus Fabbris
Manu Gavassi, a menina que sofria por amor em “Garoto Errado“, agora é uma mulher empoderada e segura de si. Em um bate-papo com o HEA, a cantora nos contou detalhes sobre sua fase do momento e o mais novo álbum intitulado “MANU“, já lançado em formato físico e em todas as plataformas digitais.
O fato é que o nome do disco traz a sensação de proximidade, como se fosse o apelido de uma amiga. E é isso o que a loira quer para o novo ciclo: confiança e maturidade.
Gavassi é dona de uma legião de fãs que a acompanha há anos e com todo esse apoio se mostra muito feliz com o tão esperado projeto dos sonhos. O som chega diferenciado, com mais força e letras maduras. Quem já acompanha a Manu, sabe que ela sempre escreveu sobre amor e relacionamentos frustrados, mas hoje, sua visão é diferente.
Compor as músicas de um novo trabalho é sempre difícil e requer muito repertório. E não foi diferente com a Manu, que se orgulha em falar sobre seu crescimento pessoal e profissional.
“Para mim, foi um desafio como compositora. Eu sempre gostei de falar sobre amor e relacionamento – mesmo quando eu ainda não tinha relacionamento -, escrever sobre amor era inevitável. Durante grande parte da minha vida eram essas as histórias que me fascinavam e era sobre isso que eu queria escrever. E eu percebi, nos últimos três anos, que a minha vida não girava mais em torno de relacionamentos. Eu já tinha vivido isso de falar sobre o meu primeiro amor, o meu primeiro beijo, o meu primeiro rompimento sério, todo esse sofrimento que você descobre que é passar por isso… E depois eu me vi sozinha e o único relacionamento que eu tinha era comigo mesma, eu me descobrindo como essa jovem-mulher de 20 e poucos anos”, comentou.
Carro-chefe do CD, “Hipnose” foi um sucesso na internet e totalizou mais de 1 milhão e 500 mil visualizações em apenas um dia. “A canção mostra eu brincando com tudo o que eu falava nas músicas anteriores, as quais eu nunca era o perigo e sim as outras pessoas. Eu sempre era a vítima e a coitadinha que tinha o coração partido. Uma maneira muito adolescente de ver os relacionamentos. Como eu comecei muito nova, as músicas tinham esse tipo de abordagem, e vi que não me sinto mais assim e os relacionamentos também não são mais assim. Até as duas músicas que eu tenho românticas no álbum, abordam o amor de uma forma diferente, onde eu não aponto um culpado, eu não sou a vítima e só temos duas pessoas que também erram, se relacionando“.
Nua, Manu Gavassi simboliza uma nova mulher que acaba de nascer, tornando a sensualidade em um traço marcante na capa do CD. “As pessoas acham que as fotos do disco são para chocar, mas não são. Eu não tenho mais 16 anos, eu tenho 24. Eu não vejo polêmica na nudez. São fotos artísticas de profissionais com um extremo bom gosto e eu apenas vejo uma mulher se sentindo segura. E é exatamente o que eu estou me sentindo agora, com esse momento, esse álbum e essas músicas“.
Logo após o lançamento do seu primeiro single e clipe, Manu foi acusada de plágio pelo vídeo “Hypnotic” da cantora estadunidense Zella Day por conter algumas cenas parecidas, mas foi apenas um exagero da mídia e está tudo resolvido. “Eu não tinha noção do que estava acontecendo, toda essa proporção que tomou de eu ter sido acusada de plágio. Esse clipe foi inspirado. Apenas isso. Tem um diretor de arte que trabalha comigo, o Fernando D’Araújo, e dentre várias referências, ele achou inspiração nesse clipe, da cantora que a princípio não conhecíamos, e sempre esteve lá a frase de que foi inspirado na obra dela e o nome do diretor. E o que eu acho engraçado é que no meio dessa polêmica, que eu descobri que fui metida, o diretor desse clipe da Zella veio falar comigo para agradecer por eu ter me inspirado no trabalho dele e que viu os créditos e ficou feliz. Ainda me convidou para dirigir um vídeo meu nos Estados Unidos. É muito chato quando acusam de plágio, mas tentei ver por outro lado que acabou resultando em uma futura parceria“.
Assim que a capa do disco foi divulgada, muitos fãs perceberam a referência da arte com o “Revival“, último trabalho de Selena Gomez. E realmente, o estilo é praticamente idêntico, mas a inspiração para as fotos não partiu do conceito já lançado por Gomez. “Eu gostei muito do último CD da Selena. Acho que foi uma transição muito perfeita e uma escolha de profissionais impecável, tanto na imagem quanto na música. Eu sempre fui fã, mas quando eu ouvi o disco, me surpreendeu. Foi um lance muito bem pensado. Com certeza o “Revival” foi uma inspiração direta e indireta. Eu ouvi muito as músicas, fez parte da minha vida desde que foi lançado, mas na verdade a inspiração da arte veio de um ensaio em preto e branco de um fotógrafo chamado Terry Richardson com uma modelo fazendo a mesma pose, então não teve ligação, mas acabou que fez sentido por eu estar respirando o álbum da Sel na mesma época“.
(Cinegrafista: Letícia Ventura / HEA)
Os shows de divulgação começam em breve e a turnê passará por seis locais diferentes pelo Brasil, com muitas novidades. “Eu estou trabalhando com uma coreógrafa incrível e estou muito feliz. É um desafio, na verdade. Será a primeira vez em que eu vou cantar e dançar ao mesmo tempo com bailarinos no palco. Então, essa turnê chegará bem diferente e estou animada com essa mudança“.
A turnê de lançamento já tem data para começar: 18 de maio em Campinas, no Teatro Iguatemi. De lá, segue para São Paulo (Tom Brasil – 21/05), Porto Alegre (Opinião – 27/05), Curitiba (Ópera de Arame – 28/05), Rio de Janeiro (Vivo Rio – 04/06) e encerrando em Belo Horizonte (Cine Theatro – 10/06). Compre seus ingressos aqui.
“Eu não tive a oportunidade de me mostrar para as pessoas fora do meu nicho, e com esse disco, a oportunidade é agora”.
Muitas cantoras brasileiras estão se jogando para a carreira internacional ultimamente, temos a Anitta como um bom exemplo. Não é uma tarefa fácil, mas a Manu não descarta a possibilidade. “É um pouco cedo, me dá medo em pensar nisso. Eu sinto como se esse CD fosse o meu primeiro, já que eu estou completamente consciente de todos os aspectos dele, e nos outros trabalhos eu não participava de nada, eu só entregava as músicas. Nesse disco, eu participei de tudo: do conceito de imagem visual, arranjos, tudo passou pela minha mão, é melhor ir com calma. Tenho planos, eu gosto de espanhol, sempre pensei em gravar nesse idioma, então quem sabe“.
Confira um trecho da Manu falando sobre feminismo:
Não deixe de ouvir e divulgar “MANU“: iTunes e Spotify
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