Por: Luan Menezes e Claudia Ciuffo
Hey Hey !!!
Olha só a gente aqui outra vez! Nesta semana a ‘Só seriados’ tá com uma cara bem especial e com um gostinho bem exclusivo! Compartilhamos a primeira parte do bate-papo de Tia C com o elenco e os produtores da série “Humans” em Los Angeles.
A série teve a estreia de sua segunda temporada exclusiva no Brasil no dia 29 de janeiro, escrita por Sam Vincent e Jonathan Brackley, se passa em um tempo paralelo e explora tudo o que acontece quando não há fronteiras entre humanos e máquinas. A segunda temporada retorna com oito episódios e novos personagens e se passa muito tempo após os últimos acontecimentos da primeira Temporada. Os relatórios sobre Synths (máquinas) começam a ser confirmados e ver a luta entre humanos e Synths por seus lugares no mundo nos levará a pergunta mais importante da série: O que realmente significa estar vivo? “Humans” retorna nos EUA no dia 13 de fevereiro.
A talentosa e bela Carrie Anne Moss entra na segunda temporada como a Dr. Athena Morrow. Estrela de “Matrix”, filme que revolucionou o gênero da ficçãao científica conversou conosco sobre seu personagem em “Humans”, tecnologia, e o prazer de gravar este seriado em Londres.
Carrie Anne Moss – Dr. Athena Morrow
Por que você quis se juntar ao projeto de “Humans”?
C: Eu assisti a primeira temporada e fiquei impressionada. Eu já tinha ouvido falar da série, e os produtores mencionaram que tinham um papel pra mim, eu não sou muito de assistir TV. Então, eu assisti “Humans” e me apaixonei pela série, pelos personagens. Eu fui conversar com os criadores e eles me venderam a ideia desse personagem, e eu amei a ideia deles, a ideia de ir gravar a série na Europa. Eu amei a ideia de trabalhar lá e de poder sair um pouco de LA.
Como você se preparou para fazer seu personagem em “Humans”?
C: Não foi difícil, mas levou algum tempo para eu encontrar um caminho. Para este personagem, eu trabalho muito com uma tela, tanto de iPad, como de celular, e eu não sou muito boa nisso, não sou o tipo de atriz boa em fingir, eu quero olhar alguém nos olhos e trabalhar com uma outra pessoa. Mas depois de algumas semanas fazendo isso, eu passei a ter uma relação com a voz da máquina, e claro tudo o que eu projetei naquela voz. Eu amo muito ser atriz e procuro sempre aprender maneiras diferentes de atuar, trabalhando com uma tela ao invés de trabalhar com uma pessoa, abriu minha mente para explorar novos horizontes.
Como você vê toda a ideia do “Matrix”, 20 anos depois?
C: Foi um prazer, tenho muita gratidão por ter participado deste filme histórico. Eu acho que deu uma ideia geral da tecnologia, porque nos não tínhamos e ainda não temos noção da extensão total ate onde a tecnologia pode ir. É engraçado que eu fiz um filme que falava disso e na época não entedia tanto quanto tendo hoje.
Como vocês veem o progresso da inteligência artificial? Isso deixa vocês com mais medo ou vocês acham que o mundo está caminhando na direção certa?
C: Eu acho que vão ter muitas coisas animadas acontecendo, existem algoritmos para certas partes do corpo, pode revolucionar o sistema de saúde de muita gente, e nos ensinar como tomar conta do nosso próprio corpo. Também existem alguns perigos, se esses algoritmos forem usados de maneira errada podemos acabar com efeitos colaterais sérios. Se não construirmos uma inteligência artificial com valores podemos perder o controle de tudo, até o ponto que não precisa mais de gente no mundo. Em termos de dia a dia, ainda estamos aprendendo a lidar com a tecnologia, tentando encontrar um equilíbrio entre vida prática, emocional, social.
Gemma Chan intérprete da misteriosa Synths (máquinas) também bateu um papo conosco sobre seu trabalho na série e o futuro da sua personagem.
Gemma Chan – Mia
Você pode falar um pouco mais sobre a motivação de trabalhar na série? E daqui pra frente o que vai acontecer com a Mia?
G: Mia, no final da temporada 1 voltou a ser quem era mas, pela primeira vez, ela tem a chance de descobrir quem ela é no mundo. No começo da 2a temporada, ela foi separada dos irmãos, ela está se colocando disponível para o mundo, para o bem ou para o mal, ela está aprendendo como são os outros seres humanos. Você tem a chance de ver como ela reage e as suas novas descobertas.
Onde você gostaria de ir com a Mia?
G: Se nós formos pra temporada 3, com certeza, há espaço pra explorar quem a Mia pode ser tornar nesse novo mundo. No final da temporada 2, algo grande acontece que vai mudar o mundo pra sempre, seria interessante ver como ela vai se alinhar com as mudanças.
Bate-bola com os criadores e produtores de “Humans”: Jonathan Brackley – Sam Vicent
Como nasceu a ideia da série:
A série é baseada numa seriado sueco chamado “Real Humans”, e nós tivemos a chance de adaptá-la livremente, não precisou ser tão similar ao original. Há muitas ideias na TV mesmo, sobre androids, drones, etc. Ideia de por uma familiar normal que compra um robô, e o quanto a tecnologia conduz nossas vidas, em todos os aspectos, mostrar e explorar como ela conduz foi chave para o sucesso da série.
O porquê de fazer uma série sci-fi:
Nós sempre fomos fans de sci-fi, nos aproveitamos a oportunidade. É um show que esta a cada dia mais relevante, por falar da tecnologia tão próxima da gente, e por poder falar de situações do dia a dia o que é uma experiência única.
Como escrever uma série sobre tecnologia, um universo que muda constantemente:
A gente tem que se manter muito bem informado nesse campo e ai estruturar para o futuro, para onde vai. Nos temos a chance de adicionar coisas conforme a serie vai desenrolando. Num episódio da segunda temporada, nos mostramos um programa que calcula todos os movimentos não deve estar disponível por mais alguns anos, e colocamos a referencia dele, quando o episódio foi ao ar, foi muito mais redundante e menos demonstrativo.
A importância de gravar a série fora da Inglaterra:
Nessa temporada, nós quisemos inovar, e tentar algo um pouco mais global e maior, expandir o nosso universo, porque o que abordamos na serie é uma coisa que vai afetar o mundo inteiro de maneiras diferentes, nosso objetivo vou mostrar um pouco esta realidade mundial. E a nossa idéia e continuar expandindo ainda mais. Vamos torcer pra gente retornar para uma terceira temporada.
Westworld – mais um aliado do que uma série concorrente:
As pessoas têm apetite histórias que abordem este tema. Ha espaço mais do que suficiente para duas séries dessas na tv, porque se você for analisar, as duas series são bem diferentes uma da outra. Nós nos interessamos por um assunto e foi bom pra nós. E se um dia fosse possível fazermos um cross-over seria muito legal.